
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Um dos grandes retrocessos da recessão econômica, a pobreza extrema aumentou no país em 2017, após anos de avanços no combate ao problema.
De acordo com levantamento da LCA Consultores, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas miseráveis passou de 13,34 milhões em 2016 para 14,83 milhões no ano passado, o que representa um aumento de 11,2%.
O fechamento de postos com carteira assinada no país, apesar do anúncio do governo de queda da inflação e de recuperação da atividade econômica, foi um dos fatores que colaborou para a piora, segundo especialistas da LCA.
No lugar desse emprego, o mercado de trabalho gerou ocupações informais, de baixa remuneração e ganho instável ao longo do tempo, afirmam.
O levantamento aponta que o contingente de pessoas extremamente pobres representava 7,2% da população brasileira em 2017, acima dos 6,5% no ano anterior.
Além disso, todas as regiões exibiram indicadores piores de pobreza. O Nordeste registrou aumento de 10,8% ou 800 mil, que passaram a receber abaixo de R$ 136.
A miséria também cresceu na região mais rica do país, o sudeste. A região tinha 3,27 milhões de pessoas extremamente pobres no ano passado, 13,8% a mais que no ano anterior.
O cálculo considera todas as fontes de renda, como trabalho, previdência ou pensão, programas sociais, aluguéis e outras fontes.A base da pirâmide, que considera ricos e pobres, no entanto, apresentou mais perdas para esta última parcela e maioria da população.
A parcela dos 5% mais pobres teve rendimento médio real de R$ 40 por mês em 2017, queda de 18% frente ao ano anterior (R$ 49). Entre os mais ricos, esse rendimento encolheu menos, em 2,3% de um ganho mensal que passou de R$ 15.975 para R$ 15.504.
Com informações do Valor Econômico