O segmento LGBT Socialista tem 15 candidatos a deputado distrital, estadual e federal em 12 estados, além do Distrito Federal.
Desse total, duas candidaturas são de mulheres trans. A assistente social Paula Benett, 38 anos, concorre a uma vaga na Câmara Legislativa do DF. Já a estudante de Engenharia Têxtil, Renata Branco, de 35 anos é candidata a deputada federal no Paraná.
Integrante da Executiva Nacional do PSB e secretária nacional do segmento, Tathiane Araújo, destaca o avanço das candidaturas LGBTI no partido e no país.
Segundo dados da Aliança Nacional LGBTI+, ONG de defesa dos direitos humanos e cidadania da comunidade LGBTI+, 90 candidaturas para deputados estaduais, federais e senadores foram registradas na plataforma da organização.
O número de candidatas e candidatos trans também bateu recorde neste ano. Treze candidatos transexuais concorrerão a cargos de deputado federal, estadual e ao Senado, segundo dados da entidade. O número representa mais que o dobro do levantamento de 2014, quando apenas seis pessoas trans se candidataram.
Tathiane chama a atenção para a necessidade de ampliação da representatividade no Congresso Nacional e nas assembleias estaduais.
No atual mandato, dos 513 deputados federais e 81 senadores eleitos em 2014 para o Congresso Nacional, apenas um deputado é assumidamente gay. Neste ano, os candidatos que se identificam como LGBT registrados na Aliança Nacional LGBTI+ representam 1% dos 8.207 candidatos que pediram o registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral.

Tathiane Araújo: “É necessário ocuparmos os espaços de poder, ampliarmos a representatividade LGBT no Legislativo”.
“É necessário ocuparmos os espaços de poder, ampliarmos a representatividade LGBT no Legislativo, pois só assim conseguiremos extirpar a LGBTfobia da sociedade e das instituições, e garantir o acesso aos direitos dessa parcela da população”, afirma Tathiane.
O segmento LGBT Socialista redigiu cinco cartas-compromisso direcionadas a candidatos a deputado distrital/estadual, federal, senador, governo e presidente que queiram dedicar-se às pautas LGBTIs em seus mandatos.
A LGBT Socialista defende que o Congresso Nacional aprove a criação de um marco legal para a segurança e proteção das pessoas LGBTIS, além da criminalização da LGBTfobia e da implementação de políticas públicas que garantam o acesso dos LGBTIs aos serviços de saúde, educação e assistência social.
A aprovação de projetos de leis que tratem dos direitos das famílias LGBTIs, tais como casamento entre pessoas do mesmo sexo, direito à adoção e à licença parental também estão na agenda socialista para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Já a criação ou o fortalecimento de conselhos estaduais LGBT está na carta-compromisso direcionada aos candidatos a governo, além da implementação de uma rede de proteção contra violência contra pessoas LGBTI, com a criação de equipamentos de referência e casas de apoio.
Na carta-compromisso para os candidatos a presidente que pretendam dedicar parte de seus planos de governo às necessidades LGBT, o segmento do PSB propõe dotação orçamentária para políticas públicas LGBT tanto no Plano Plurianual (PPA) quanto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentaria Anual (LOA).
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional