O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) chamou atenção para a falta de efetivo do Banco Central e cobrou nomeação dos concursados aprovados em 2013. Segundo o socialista, o último concurso realizado oferecia 500 vagas e foi concluído com 1.030 aprovados, mas até o momento foram nomeados apenas 300.
"O Senhor Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, expôs ao Ministério do Planejamento a necessidade de 1.730 servidores ao solicitar este certame, o que significa que o órgão necessita urgentemente de pelo menos todos os aprovados", disse.
Patriota ainda explicou que, após a crise financeira de 2008, o Banco Central perdeu cerca de 2.000 servidores por aposentadorias. Para os próximos dois anos há previsão de mais 700 saídas pelo mesmo motivo. O processo de reposição, ao contrário, não foi proporcional às baixas, o que é visível, pois a autarquia tem hoje o menor quadro de servidores desde 1975, com um déficit de 40% de servidores.
O deputado ressaltou que todos os 730 aprovados restantes se submeteram a curso de formação. "Foram investidos tempo e recursos financeiros com o treinamento desses aprovados, sendo que o esperado e correto por parte da administração pública é que todos sejam nomeados".
O socialista afirmou que, por falta de servidores, a única regional do Banco Central no Norte corre o risco de ser extinta. "A situação se torna mais preocupante, quando verificamos que algumas atribuições, como fiscalização das instituições financeiras, cartão de crédito e os novos meios de pagamento estão prejudicados pela falta de pessoal. A única regional do Banco Central no Norte do Brasil corre risco de ser extinta por falta de servidores”.