A Câmara dos Deputados relançou, nesta quinta-feira (21), a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Programa Antártico (PROANTAR), que tem como objetivo incentivar as pesquisas realizadas por cientistas brasileiros no continente. O grupo terá como vice-presidente a deputada Federal Maria Helena (PSB-RR), que disse que esse momento é muito importante, pelo fato de reiniciar os trabalhos da Frente, criada em 2007.
De acordo com a socialista, os deputados sabem da importância das pesquisas que são desenvolvidas no continente Antártico pela Marinha brasileira. “Nós, como parlamentares, precisamos dar esse apoio ao direcionar renda e garantir a disponibilização de recursos orçamentários da União para o Proantar”, disse.
Na ocasião, ela reforçou que os parlamentares devem assumir o compromisso em ajudar na construção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz. A base brasileira foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 25 de fevereiro de 2012. “Infelizmente, em 2012, em um acidente, perdemos a nossa Estação e a vida de dois militares. O compromisso para dar continuidade às pesquisas também deve ser nosso”, afirmou.
Maria Helena explicou ainda que esse programa é um conjunto de ações e compromissos de instituições como os ministérios de Ciência e Tecnologia; do Meio Ambiente e de Relações Exteriores, além da Marinha, Aeronáutica, universidades e empresas estatais e privadas.
Já o comandante da Marinha, Eduardo Barcelar Leal Ferreira, demonstrou o orgulho em trabalhar por um programa de elevada competência. “Por mais de 33 anos, o Proantar vem produzindo um legado fundamental para a sociedade brasileira nos campos do conhecimento humano, da logística, do meio ambiente e das relações internacionais”, contou.
Proantar – Segundo a Marinha, o Brasil está presente na Antártica desde 1982, quando foi iniciada a missão voltada para pesquisas científicas. Mas foi em 1975 que o Brasil passou a fazer parte do grupo de países signatários do Tratado da Antártica, firmado em 1959 por 12 nações e que hoje conta com 48 países. Desses, 28 são membros consultivos, ou seja, participam da tomada de decisões do grupo por realizarem pesquisas científicas relevantes no continente antártico.