
Em seu discurso, Alckmin relembrou que há quase 40 anos ele e Lula estavam no Vale do Anhangabaú, em partidos diferentes, mas do mesmo lado da história.
“Aqui lutamos pela democracia, lutamos pelo direito do povo, voltamos aqui hoje porque o Brasil precisa, a democracia está em risco, nós precisamos fortalecer o processo democrático”, defendeu Alckmin.
O ex-governador de São Paulo também afirmou que Bolsonaro diz não confiar na urna eletrônica, mas, contraditoriamente, foi eleito 5 vezes por ela.
“O presidente não confia no voto do povo e está agarrado ao poder. O Brasil não aguenta mais sofrer. O futuro não é sina, não é o que aconteceu no passado, o futuro a gente cria. Estamos aqui com Lula, Haddad e França pelo futuro”, finalizou.
O candidato a governador Fernando Haddad (PT) a educadora Lúcia França (PSB), candidata a vice, e Márcio França (PSB), candidato da chapa paulista ao Senado, também participaram do evento que ocupou o mesmo local do comício histórico do movimento Diretas Já, em abril de 1984.Assim como no evento que cobrava a volta das eleições diretas para presidente, as falas dos participantes do comício reforçaram a importância da retomada da democracia plena no país.
Lula afirmou que o Brasil vive um momento decisivo e que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, é hoje seu maior adversário político e “tenta comprar votos ao turbinar benefícios sociais”.
“Nós temos a oportunidade de reconstruir o nosso País, de reconstruir a autoestima do nosso povo. Governar não é fazer propaganda de arma. Não é cuidar dos ricos, dos banqueiros. É cuidar do povo trabalhador. Não tem explicação 33 milhões de pessoas passarem fome no País. Queremos soberania, democracia, emprego”, acrescentou.
No discurso, Lula reiterou a promessa de reajustar a tabela do Imposto de Renda e de aumentar o salário mínimo acima da inflação todos os anos. Também sinalizou a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida e de uma “política externa ativa e altiva”.
O candidato ao governo paulista, Fernando Haddad, reforçou a importância das eleições que se aproximam e pediu ao público que imaginasse como vai ser o Brasil e São Paulo “remando juntos pro rumo certo da história”.
“O que tá em jogo não é uma eleição, é o que vai ser do futuro do país pelos próximos 20 anos, se nós vamos eleger alguém que tem apreço pelo pior do nosso passado, patriarcal, racista, desigual, machista ou alguém que quer construir junto com a população um futuro de mais fraternidade, igualdade, tolerância e oportunidade”, afirmou.
Assim como Haddad, Márcio França reforçou a importância da vitória da chapa paulista na construção de uma cidade e um país melhores e lembrou que pela primeira vez na história de São Paulo tem dois professores, entre eles uma mulher, formando uma chapa.
“São Paulo tem muitos milhões de eleitores, 1% de voto aqui faz uma imensa diferença e hoje o presidente Lula ganha em São Paulo no primeiro turno. Mas se é importante eleger Lula, é importante ter a cidade sintonizada com ele. Haddad está preparado, é a pessoa certa para ajudar Lula. Haddad aqui, Lula lá e Márcio França no Senado para poder ajudar os dois”, acrescentou.
Também estavam presentes no palco a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador de campanha e senador Randolfe Rodrigues (Rede), o candidato a deputado federal Guilherme Boulos (Psol) e deputado federal André Janones (Avante).