O candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se reuniu nesta sexta-feira (28), em São Paulo, com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e com uma comitiva do Parlamento do Mercosul (Parlasul). Ambos grupos estão em missão no Brasil para atuar como observadores internacionais das eleições de 2022.
Durante os encontros, Alckmin disse às comitivas que Jair Bolsonaro terá de cumprir a lei e garantir uma transição segura, caso a chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. O ex-governador citou um decreto de Lula, editado em 2010, que trata da atuação dos órgãos federais durante a transição, definindo o passo a passo do processo.
Segundo Alckmin, seu modelo de transição é a realizada do governo de Fernando Henrique Cardoso para o de Lula, no final de 2002. Na época, os dois governos tinham equipes de transição que trabalhavam juntas e cuidavam especialmente de Orçamento, Banco Central e a relação Brasil-FMI, por exemplo.
Ao ser questionado sobre a multiplicação dos casos de assédio eleitoral pelo país, Alckmin disse aos observadores internacionais que o povo brasileiro é inteligente, não cede a pressões e sabe que o voto é secreto.
Sobre o problema da abstenção no segundo turno, Alckmin avaliou que a oferta de transporte público pode ajudar a diminuir o número de brasileiros que não iriam comparecer às urnas para votar. O ex-governador lembrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o transporte público gratuito, mas ressaltou que a decisão é de cada governador e prefeito.
A OEA integra o grupo das sete missões internacionais credenciadas pela Corte Eleitoral para acompanhar as eleições de 2022. A missão da organização é composta por 55 especialistas de 17 nacionalidades. É a terceira vez que a entidade participa desse processo.
Ao final, a comitiva entregará um relatório preliminar com observações e recomendações “a fim de contribuir com o fortalecimento dos processos eleitorais” no país.
Já a missão da Parlasul é composta por 15 observadores dos 3 países do Mercosul.
Com informações de O Globo e Metrópoles