Candidata à Presidência da Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva participou, na noite deste domingo, do debate entre os presidenciáveis promovido pela Rede Record, e reforçou sua disposição ao diálogo com todos os setores da sociedade para implantar um governo sustentado por uma agenda programática. A candidata apresentou suas propostas de governo, tendo como premissa a adoção de uma nova política, que promova as mudanças reivindicadas pela população nas manifestações de junho de 2013 em diversos setores – educação, saúde, mobilidade e segurança, entre outros.
"A nova política não é um monopólio da direita nem da esquerda, é praticada pela sociedade. Esse discurso de que um grupo é o supremo bem e o outro é o supremo mal é uma visão autoritária. A nova política está sendo pela sociedade brasileira, que tem capacidade de fazer as mudanças que o Brasil precisa", afirmou Marina. "Estamos comprometidos com uma campanha séria, com respeito aos adversários, aos eleitores e com firmeza e clareza".
A presidenciável aproveitou a oportunidade para desmentir boatos sobre sua posição na votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), no governo de Fernando Henrique Cardoso: na ocasião, Marina apoiou a CPMF na votação que destinou parte dos recursos do tributo para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. "É mais uma tentativa dos adversários de que a sociedade brasileira seja confundida", ressaltou
Em pergunta da jornalista Christina Lemos, da Rede Record, sobre o cenário preocupante da segurança pública no Brasil, Marina ressaltou que é preciso ter uma nova estratégia para enfrentar o problema. "Cerca de 56 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil, em sua maioria jovens até 27 anos das periferias", pontuou Marina. "Infelizmente, em virtude das políticas erráticas do atual governo tem colaborado para esse tipo de crime. Em nosso governo, vamos atuar em parceria com os Estados para resolver o problema da segurança pública".
Marina voltou a lembrar que manterá programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida e lamentou os boatos que vêm sendo espalhados a respeito do assunto. "Tenho o compromisso de manter as políticas sociais que, de forma injusta, vem sendo dito que não manterei. São conquistas da sociedade. Vamos corrigir os erros, principalmente a corrupção, que drena o dinheiro que poderia ir para a educação, para a saúde, para o próprio Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida", complementou.
No âmbito da saúde, a candidata destacou que implantará, caso eleita, o Cadastro Único de Saúde, combinado ao programa Saúde + 10, que prevê a utilização de 10% da arrecadação bruta da União para a saúde. "Milhões de brasileiros ficam até três meses para fazer um exame, por isso, vou implementar o Saúde+10, combinado com outras políticas públicas, que vai resolver o problema da saúde, que está colapsada no País", concluiu.