Eleito pelo PSB nas Eleições 2014 com mais de 112 mil votos, o deputado federal Adilton Sachetti (MT), começa seu mandato prometendo atenção especial a projetos que beneficiam produtores rurais. Produtor agropecuário, o parlamentar lembra que 75% da economia do Mato Grosso é baseada no agronegócio e reforça o compromisso com o setor.
Estreante na Câmara dos Deputados, o ex-prefeito de Rondonópolis também fala em alterar o pacto federativo para atender demandas municipais de seu Estado. "Eu vejo um desequilíbrio muito grande. O município é que tem o ônus na relação com a sociedade e, ao mesmo tempo, é o que menos arrecada e que mais tem serviço", destaca. "Temos que trabalhar para apoiar os municípios para equilibrar essa razão de distribuição do bolo arrecadatório, para que todos possam ter condições de trabalhar em prol da sociedade, mas com recursos para fazê-lo", completa.
Sachetti participou da fundação de entidades como a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).
Nessa 55ª legislatura, o parlamentar disse que seguirá o posicionamento do Partido e fará oposição ao Governo. Sachetti, no entanto, não pretende fazer uma oposição radical. "Nós temos que ter a tranquilidade de tecer críticas para ajudar a construir um Brasil melhor. É importante apoiar a oposição verdadeira, aquela que critica. Mas quando tem um projeto adequado, que converge com o pensamento do PSB, não tem porque não apoiar."
Entre os principais temas debatidos no Congresso Nacional, o socialista espera debater a legislação tributária. Para ele, os deputados precisam trabalhar para reduzir o número de projetos, para que o cidadão tenha menos peso do Estado em suas costas. "Temos que trabalhar para reduzir a carga tributária, precisamos aliviar a quantidade de normas e regras que regem a nossa sociedade engessando muita coisa", aponta o parlamentar.
Ainda sobre o agronegócio, o deputado afirma que alguns temas precisam ser rediscutidos, como o Código Florestal, que está engavetado. "Se fez a lei e não as regras do funcionamento da lei." Segundo Sachetti, a norma de cumprimento de horário para o caminhoneiro foi criada da noite para o dia por pessoas que não conhecem a realidade de quem vive nas estradas. "Ninguém olhou o reflexo disso. Caminhoneiro tem que descansar e muitas vezes não tem onde parar. Se cria uma regra para horário de trabalho, mas não se dá condição para quem quer executar", concluiu o deputado.