
Foto: Sergio Dutti
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou nesta quinta-feira (17), durante reunião da Executiva Nacional, o crescimento significativo do PSB nas eleições municipais de 2024, o desafio que o partido enfrentará nas eleições de 2026, e a necessidade de uma preparação sólida para o próximo pleito. Ele elogiou João Campos e Tabata Amaral como exemplos da nova geração de políticos com “espírito público e talento”. “O futuro começa hoje, e ele se chama juventude. João Campos representa bem essa nova geração com espírito público, talento, e a Tabata foi muito bem lá em São Paulo. Há derrotas que viram vitórias, então ela se afirmou. Impressionante como a campanha foi positiva e cresceu bastante a presença das mulheres”, elogiou.
Alckmin apontou a ineficiência do estado brasileiro e a concentração de renda como problemas fundamentais que precisam ser enfrentados, e enfatizou a necessidade de o país promover eficiência econômica, além de implementar reformas estruturantes que possibilitem mudanças profundas no país. “Enquanto o povão se aposenta pelo INSS, 70% ganham um salário mínimo. A média é de 2 mil reais, e o máximo é 7 mil reais. Tem empresa que a média de aposentadoria é 42 mil reais. É o pobre que paga tudo isso. Temos um desperdício de dinheiro público monumental”, avaliou. “O Brasil tem uma carga tributária de 33%. Como é que cresce? A China, que é comunista, tem 22% e a Índia, 18%, e cresce 8% ao ano. Nós temos um estado pesado, ineficiente, concentrador de renda”, comparou.
O vice-presidente chamou atenção para a percepção negativa que parte da população tem em relação aos políticos. Para ele, é necessária uma reflexão profunda sobre as origens do descontentamento popular, reconhecendo que muitas vezes os políticos são responsáveis por essa insatisfação. “Eu fui vereador em Pindamonhangaba com 20 anos de idade. Vereador não ganhava um centavo, nada, era húmus público, era uma honra você trabalhar pela sua cidade. Hoje você vai no palácio do legislativo, é um prédio gigante. O vereador tem chefe de gabinete, assessor de imprensa, fotógrafo, e isso é no Brasil inteiro. Depois o povo odeia os políticos, isso é um fato. Porque aparecem os ‘Marçais’ da vida? Porque é o voto de desalento, de revolta. Então é preciso ter humildade e fazer uma reflexão”, complementou.
Alckmin disse ainda, durante a reunião, que a rede de proteção social é um fator “que nos diferencia”, e defendeu o corte de privilégios. “Quando preciso fazer um ajuste, não vou fazer como o Milei (presidente argentino), com metade do país passando fome. Não, eu vou cortar os privilégios, eu vou fazê-lo com justiça social”, defendeu, detalhando números alarmantes relacionados ao déficit da Previdência. “O regime geral apresenta um déficit per capita de 9 mil reais. Em contraste, o déficit por pessoa no setor público atinge 59 mil reais, enquanto entre os militares, esse número salta para 159 mil reais”, exemplificou.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional