A necessidade de o Brasil ampliar a geração de energia limpa a partir de fontes renováveis foi um dos principais assuntos do Café com Política desta quinta-feira (26), promovido pela Fundação João Mangabeira (FJM), em Brasília. O debate – realizado às vésperas da Conferência da ONU sobre o Clima (COP-21), que será realizada em Paris – contou com a participação do ambientalista Alfredo Sirkis.
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) participará da COP-21, que começa na semana que vem, na condição de presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional. Sirkis elogiou o trabalho dos parlamentares.
“No Brasil, a temática ‘mudanças do clima’ vem ganhando visibilidade e desencadeando reflexões graças, em grande parte, ao trabalho que a CMMC desenvolveu ao longo deste ano”, afirmou Sirkis. “O posicionamento da Comissão por uma matriz energética diversificada e mais limpa também contribuiu com a consistente proposta final que o governo brasileiro apresentará durante a COP-21”, acrescentou o ambientalista.
Durante o debate – que contou com a presença do presidente da FJM, Renato Casagrande, e do presidente do PSB, Carlos Siqueira -, Alfredo Sirkis chamou a atenção para as repercussões globais das alterações climáticas. Entre as medidas para reduzir os efeitos nocivos ao planeta, o ambientalista defendeu que o Brasil contribua com o desenvolvimento dos chamados “biocombustíveis de segunda geração” (produzidos a partir do processamento de celulose e outras fibras vegetais da madeira) em substituição aos combustíveis fósseis (como a gasolina e o óleo diesel).
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, anunciou que Alfredo Sirkis elaborou um estudo sobre energias limpas, que integrará as metas de planejamento estratégico do partido. O ambientalista também será o porta-voz do partido sobre o tema. “Talvez nenhum país do mundo tem tantas possibilidades de ter uma matriz energética limpa quanto o Brasil”, ressaltou Siqueira.
O senador Fernando Bezerra lembrou que a diversificação da matriz energética com a oferta de energia limpa é um dos três pilares de atuação da comissão mista. No fim de outubro, o senador defendeu ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o aumento para 25% da meta de participação de energias renováveis na matriz, especialmente a eólica, a solar e a de biomassa, até 2030. Pela proposta que o governo brasileiro apresentará durante a Conferência da ONU, este percentual deverá chegar a 23% em 15 anos.
“O Brasil, pela liderança (nos temas sobre meio ambiente e mudanças climáticas) e o protagonismo que terá na COP-21, poderá se beneficiar de possíveis investimentos internacionais para financiar uma matriz energética mais limpa e uma política de preservação e conservação dos biomas”, disse Bezerra Coelho.Com informações da assessoria do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)