O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), afirmou nesta terça-feira (28) que o Brasil parece estar pouco atento às transformações do mercado global de energia. O parlamentar defende maior investimento em novas fontes. “É extraordinário o potencial de que o País dispõe para usufruir de uma matriz energética diversificada e interligada, que nos permita produzir, de forma sustentável, toda a energia elétrica que consumimos.”
Beto citou casos de países como Estados Unidos e China, que investem na busca de alternativas para a produção de energia. De acordo com ele, nos últimos anos, os norte-americanos fizeram descobertas e investimentos que os levaram a depender menos do petróleo. “Além disso, desenvolvem programa de incentivo a pesquisas para veículos movidos a eletricidade, biocombustíveis, hidrogênio e gás natural. A China, por sua vez, já é responsável por mais da metade do consumo de carvão mineral, e deverá depender dessa matriz por pelo menos uma década.”
O líder socialista acredita que, além das fontes tradicionais, o Brasil precisa utilizar mais as fontes alternativas que possui, com a interligação dos parques eólicos e as hidrelétricas, por exemplo. “Possuímos uma matriz energética limpa, liderada pela hidroeletricidade, e com riqueza de fontes solar, eólica e biomassa. Somando-se isso à fartura de terras agriculturáveis e aos imensos recursos minerais, fica evidente que possuímos uma situação privilegiada como detentores de reservas estratégicas para o presente e para o futuro.”
O Brasil detém um terço das florestas tropicais, 20% da biodiversidade, 17% da água doce e oito mil quilômetros de mar. “É importante que cada brasileiro saiba que as usinas hidrelétricas, especialmente aquelas com reservatório de acumulação, quando instaladas seguindo critérios que levem em conta custo, população e meio ambiente, promovem a segurança energética e a estabilidade dos preços, o que aumenta a confiabilidade do sistema elétrico.” O socialista lembrou ainda que o País é um dos mais privilegiados em incidência de raios solares, o que, segundo ele, faz da energia solar uma nova fronteira a ser desbravada.
Para Beto, todo o esse potencial fora do comum impõe ao Brasil a responsabilidade de não se deixar dominar pela demora na busca por soluções. “Precisamos tornar realidade um sistema interligado que permita ao País crescer cerca de 4% ao ano. Crescer distribuindo e redistribuindo renda, atendendo às necessidades dos mais pobres, oferecendo perspectivas a todos, para tornar realidade o País que queremos”, acrescentou.