O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) falou pela primeira vez como candidato a vice-presidente da República, na chapa com Marina Silva, em reunião com lideranças da coligação “O Novo Caminho para o Rio Grande”, nesta quinta-feira (21), no comitê Ariano Suassuna, em Porto Alegre. Agradecendo o apoio de todos os integrantes da coligação pela solidariedade prestada em decorrência do acidente que vitimou Eduardo Campos, Beto lembrou que foram dias tristes que tiveram a necessidade de tomada de decisões rápidas. Ele também reafirmou o compromisso com os projetos da coligação no Estado. “Estamos ainda mais irmanados e empenhados para elegermos Sartori governador, Cairoli vice e para contribuirmos, no que for possível, na escolha do substituto para disputar a vaga no Senado. Tenho convicção que honraremos o legado de Eduardo Campos. Beto e Marina estão com Sartori”, disse.
Sobre a disputa à presidência da República, Beto Albuquerque destacou que todas as diretrizes programáticas defendidas pela coligação “Unidos pelo Brasil” e por Eduardo Campos, seguirão mantidas na candidatura de Marina Silva ao Palácio do Planalto. “Sabemos de nossas responsabilidades e Marina, essa mulher incomum, está preparada para representar o nosso projeto nacional. Não precisamos de nenhum documento. Daremos sequência aos compromissos que a aliança já possuía para mudarmos o Brasil para melhor”, completou.
Em relação às eleições para o governo do Estado, Beto lamentou o fato de deixar a disputa majoritária, como candidato da coligação ao Senado Federal, mas enalteceu que não poderia negar a esse chamado de compor a chapa majoritária nacional e honrar o sonho de Eduardo Campos. “Aprendi com ele, em 24 anos de convivência, que não podemos deixar nada pela metade. É por isso que Marina Silva e Beto Albuquerque farão o que está no programa de governo, farão aquilo que o povo brasileiro exige e necessita”, disse, lembrando que a renegociação da dívida do estado do RS está entre as bandeiras comuns de Marina e Sartori.
Candidato ao governo do Estado, José Ivo Sartori, disse que Beto Albuquerque, por sua trajetória política, possui todas as condições de agregar ao projeto nacional. “O desejo da mudança que o Eduardo tão bem representava, encontra sequência em Marina e Beto. É isso que o e o Rio Grande e o Brasil buscam e precisam, uma política correta que garanta a população serviços públicos de qualidade”, disse. Até a próxima terça-feira, segundo Sartori, deverá ser apresentado o nome do novo postulante ao Senado.
O presidente do PMDB/RS, Edson Brum, lamentou a ausência de Beto Albuquerque na chapa majoritária, mas desejou pleno êxito ao socialista. “A trajetória do Beto dispensa de apresentações, tanto, que agora é um legítimo candidato à vice-presidente. Tenho certeza que o Beto, o Sartori e o senador Simon nos ajudarão e muito a encontrarmos um substituto à altura para a disputa do Senado Federal. A soma dos nossos esforços nos levará para o segundo turno”, disse, afirmando que o candidato ao Senado poderá ser de qualquer dos oito partidos que integram a coligação.
Entre os presentes, destaques para os presidentes dos partidos que compõem a coligação o Novo Caminho para o Rio Grande (PMDB, PSD, PSB, PPS, PHS, PTdoB, PSL e PSDC), bem como o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo PMDB), além dos deputados estaduais e federais pertencentes às siglas.
Carta ao povo brasileiro
“Faremos aquilo que o povo quer, clama e necessita. Honraremos cada uma das propostas do nosso plano de governo que tinha o aval de Eduardo Campos. Essa é a nossa carta ao povo brasileiro”. Foi dessa maneira que o candidato à vice-presidência da República, Beto Albuquerque, iniciou a entrevista coletiva, após o encontro com as lideranças políticas, no comitê Ariano Suassuna. O socialista também salientou que todos os palanques estaduais estabelecidos antes do trágico acidente com Eduardo Campos estão mantidos e serão respeitados.
Entre as propostas defendidas pela coligação “Unidos pelo Brasil” e reiteradas por Beto estão a retomada do desenvolvimento econômico e social. “Seguimos com nossos compromissos em relação à saúde, educação, segurança, ao agronegócio, ao controle da inflação. Enfim, com todos os projetos que buscam o crescimento e o desenvolvimento do Brasil”, disse, ao reafirmar que a sustentabilidade jamais será um entrave ao desenvolvimento econômico e social do Brasil. Ele defendeu, ainda, a escola de tempo integral, a universalização das creches e o passe livre estudantil. Sobre os planos para o Rio Grande do Sul, Beto salientou que a prioridade da aliança para o Estado será a renegociação da dívida do RS.
Em relação à disputa eleitoral, Beto salientou que a aliança Unidos pelo Brasil tem como propósito a discussão de uma agenda para o país. “O adversário da Dilma não somos nós. O adversário da Dilma é o governo dela, que representa um retrocesso em todas as áreas, se compararmos com o governo anterior. O adversário dela é a inflação, é o baixo crescimento, são os escândalos na Petrobrás”, completou.
Questionado sobre os possíveis aliados em caso de vitória nas eleições, Beto salientou que a aliança “governará com os bons e colocará as velhas raposas da política na oposição”. “Chega dessa história do nós contra eles. Chegou a hora do diálogo, da mudança. Chegou a hora de unirmos todos os brasileiros de bem em torno do futuro da nação”, finalizou, afirmando também que a sustentabilidade em nada confronta com o desenvolvimento, pelo contrário, são valências que se complementam.