Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), participou da solenidade no Palácio do Planalto em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente – crescer, incluir, proteger. Na abertura do evento, foi exibido um vídeo sobre preservação do meio ambiente e logo depois a música tema da Rio+20 foi tocada pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional e regida pelo maestro João Carlos Martins. No telão, os convidados puderam assistir ao vivo à solenidade de hasteamento das bandeiras do Brasil, da ONU e da Rio+20, no Rio Centro, local que sediará os encontros dos chefes de Estado durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O embaixador Sha Zukang, secretário-geral da Rio+20, citou a estreita relação entre a ONU e o Brasil, assim como o compromisso do governo brasileiro com o desenvolvimento sustentável e a Rio+20. "É um grande orgulho ver as bandeiras do Brasil e da ONU serem hasteadas lado a lado, sinto o generoso apoio do governo e do povo brasileiro em sediar este evento”, afirmou Sha Zukang. "Hoje é o início das atividades da Rio+20, temos enorme prazer em receber as instalações que sediarão a conferência, a ONU se sente em casa”, acrescentou o embaixador. "Somos gratos pelos esforços do Brasil em receber os participantes deste encontro, sejam chefes de Estado ou representantes da sociedade civil. E sabemos que nada seria possível sem o esforço da presidente Dilma e o apoio do Congresso Nacional”, finalizou Sha Zukang.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou a menor taxa de desmatamento da Amazônia em toda sua história – menos da metade da registrada em 1992. "Isso é resultado de um esforço da sociedade e do Governo”, destacou a ministra. Ela também anunciou a redução das taxas de emissão de gases de efeito estufa. "A Rio+20 será o marco para uma mudança estratégica na questão da sustentabilidade”, afirmou. Em seguida, Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ressaltou os programas de inclusão social e de preservação do meio ambiente desenvolvidos nos últimos anos no Brasil. "Tenho certeza do empenho do governo brasileiro em fazer da Rio+20 o sucesso que ela precisa ser”, afirmou Steiner.
A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil se sente muito honrado por ter sido escolhido pela ONU para sediar as comemorações oficiais pelo Dia Mundial do Meio Ambiente. "O Brasil se tornou um dos países que mais avançou na preservação da biodiversidade e na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável”, destacou. "Sem dúvida, temos muito a celebrar. Mas também temos muito a avançar”, lembrou a presidente. "É preciso que nos comprometamos a saciar a fome e a sede das gerações atuais e futuras, o Brasil tem uma grande responsabilidade diante do mundo”, reconheceu. "Vamos continuar gerando energia limpa e preservando o meio ambiente, temos um compromisso com o desenvolvimento sustentável”, prometeu Dilma Rousseff.
A presidente lembrou que, em uma década, o PIB do Brasil cresceu mais de 40%. "Soubemos crescer incluindo e preservando o meio ambiente, é possível perseguir esses três objetivos”, afirmou Dilma, referindo-se ao slogan do evento: Dia Mundial do Meio Ambiente – crescer, incluir, proteger. Para ela, as crises financeiras não podem ser argumentos para a interrupção de ações de proteção do meio ambiente e de inclusão social. "Vamos continuar crescendo, incluindo, preservando e protegendo”, prometeu.
Para o senador Rollemberg, os dados apresentados pela ministra Izabella Teixeira são muito relevantes. "Não podemos nos acomodar, temos de continuar lutando pelo desenvolvimento sustentável”, afirmou o parlamentar, que será um dos representantes do Senado na Rio+20. "O mundo tem seus olhos voltados ao Brasil, acredito que a conferência será um momento de mobilização e de sensibilização de governos”, estimou.
Também participaram da solenidade o vice-presidente Michel Temer; o ministro Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal; Sônia de Sousa, vice-presidente das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, além de ministros, parlamentares e autoridades.
Atos assinados pela presidente Dilma Rousseff, durante a solenidade:
1 – Mensagem que encaminha ao Congresso Nacional o Protocolo de Nagoia sobre acesso a recursos genéticos e repartição justa e equitativa de benefícios derivados e sua utilização;
2 – Mensagem que encaminha ao Congresso Nacional a Convenção de Bonn sobre a conservação das espécies migratórias de animais silvestres;
3 – Decreto que regulamenta o Art 3º da Lei 8.666 de 1993, para estabelecer critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela administração pública federal;
4 – Decretos de criação do Parque Nacional da Furna Feia, no estado do Rio Grande do Norte, e da Reserva Biológica Bom Jesus, no estado do Paraná;
5 – Decretos de ampliação do Parque Nacional Descobrimento, no estado da Bahia, da Floresta Nacional Goytacazes, no estado do Espírito Santo, e da Floresta Nacional de Araripe-Apodi, no estado do Ceará;
6 – Decreto que institui o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, nos estados do Paraná e de São Paulo;
7 – Decreto que institui a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI);
8 – Decretos de homologação das terras indígenas: I – Santa Cruz da Nova Aliança, no estado do Amazonas; II – Matintin, no estado do Amazonas; III – Tenharim Marmelos, no estado do Amazonas; IV – Riozinho de Alto Envira, no estado do Acre; V – Xipáya, no estado do Pará;VI – Lago do Marinheiro, no estado do Amazonas;VII – Porto Limoeiro, no estado do Amazonas.
9 – Decreto que institui o Comitê Gestão Integrada das Ações de Atenção à Saúde" class="linkum">Saúde e de Segurança Alimentar para a População Indígena.