O presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), avaliou na quarta-feira (9) que as propostas brasileiras apresentadas na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-21), em Paris, conquistaram visibilidade e interesses de outros países.
“Estamos nos aproximando da data final (próxima sexta-feira, 11) para a celebração de um novo e grande acordo que vai dar as bases para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo. E o Brasil está tendo um protagonismo importante na COP-21”, destacou. “Foi o país que apresentou a melhor proposta do ponto de vista da redução de emissões. E também chega à Conferência como o grande exemplo; sobretudo, na redução do desmatamento da floresta amazônica”, ressaltou.
Na capital francesa, Bezerra participou de dois painéis sobre a Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC). Realizados na Embaixada do Brasil em Paris, os painéis – “iNDC Brasileira e a redução do efeito estufa” e "Implementação da iNDC do Brasil: Florestas, Regeneração, Recomposição e Reflorestamento" – contaram com a presença da delegação de senadores e deputados brasileiros como também da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
“Minha presença aqui, como presidente da CMMC, ao lado de diferentes parlamentares, tem sido muito importante para a troca de ideias”, disse. “Inclusive, com delegações de parlamentares da Alemanha, França, Comunidade Europeia, dos Estados Unidos e de outros países – todos eles querendo saber a posição brasileira e conscientes do enorme esforço que o Brasil vem fazendo para que, de fato, nosso país possa ser referência em termos de desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
Metas
A proposta central da iNDC/Brasil para a COP-21 é que o país fará esforços para a transição a sistemas de energia baseados em fontes renováveis e pela descarbonização da economia mundial. Entre as principais metas brasileiras, destacam-se o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares de terra, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de cinco milhões de hectares, entre lavouras, pastagens e florestas.
Na área de energia – um dos pilares da CMMC – a iNDC propõe que a participação das energias renováveis chegue, até o ano de 2030, a 23% da matriz energética brasileira, especialmente a solar, eólica e de biomassa, sem considerar a hidrelétrica. O senador Fernando Bezerra defende que a participação das “energias limpas”, na matriz energética nacional, aumente para 25%, no referido ano (2030).
“É importante que este esforço brasileiro, contido nas metas do país para serem alcançadas até 2030, possa ser perseverado, possa ser realmente implementado, quando o Brasil será um dos líderes mundiais em preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável”, defendeu o socialista. “Vamos mostrar que é possível, sim, gerar emprego e inclusão social; ao mesmo tempo, conservando os nossos biomas, especialmente, o cerrado, a floresta amazônica, a caatinga – o que é muito importante para a preservação do nosso meio ambiente e para dar qualidade de vida para toda a sociedade brasileira”, completou o senador.
Assessoria de Comunicação do senador Fernando Bezerra Coelho