Eduardo Campos anunciou, durante o encontro com empresários organizado pelo CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quarta-feira (30), que enviará o projeto de reforma tributária ao Congresso Nacional na primeira semana de seu governo. As novas regras serão implementadas aos poucos, para evitar que interesses imediatos a inviabilizem.
“Não dá para fazer reforma tributária do dia para noite”, afirmou. São várias as razões: “É o caixa da prefeitura e a reeleição, é o governador que está tomando posse e não quer mais, é o ministro da Fazenda que tem que fechar o superávit primário”.
Eduardo disse que vai cuidar da articulação pessoalmente e que a reforma entrará em vigor, “em alguns aspectos”, imediatamente. “Em outros, de forma sequenciada para que a gente negocie, com capacidade política, a superação do sistema que já não tem mais nada a ver com a economia que roda no mundo”.
E o ex-governador de Pernambuco assumiu um compromisso: “Serei o primeiro presidente da República do ciclo democrático que não vai aumentar a carga tributária neste país. Nós precisamos ter esse compromisso, porque senão a reforma nunca vem, sempre vem mais arrecadação para fechar as contas nas situações limites que temos vivido”.