O presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, participou nesta terça-feira (14), na Câmara dos Deputados, de audiência pública da Comissão que trata sobre a Reforma Política. A reunião ouviu também os presidentes dos partidos Social Democrático (PSD); Democrático Trabalhista (PDT); Comunista do Brasil (PCdoB); e Republicano Brasileiro (PRB).
Em sua fala durante o encontro, Siqueira defendeu o financiamento misto de campanha, com a proibição de doação de empresas, mas com a possibilidade de doação privada por parte dos cidadãos. “Os grupos econômicos interferem na vontade do voto popular”, afirmou.
O presidente do PSB destacou que o mundo vive uma crise de representatividade. “O que se exige e o que se quer é uma maior participação do cidadão na vida nacional”, disse. Ele defendeu ainda uma maior participação popular de forma a fortalecer mecanismos de democracia participativa, como o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular. “Se alguém quiser privatizar a Petrobras, por exemplo, cabe consultar ao eleitor se ele concorda”, explicou.
Calendário – Carlos Siqueira também defendeu a cláusula de Barreira e a unificação do calendário eleitoral para que os pleitos ocorram no mesmo ano, mas não no mesmo dia, inclusive com a separação das eleições para o Executivo e o Legislativo. “É preciso conhecer antes quem é o prefeito, o governador e o presidente para, depois, escolher quem vai lhe dar sustentação parlamentar”, argumentou.
Ao falar sobre a manutenção do sistema proporcional nas eleições para deputado, Siqueira se posicionou a favor. “O sistema precisa ser representado de modo que garanta a presença das minorias e o pluralismo ideológico. Não há democracia sem partido político e sem participação popular. Sem isso, não se justifica a reforma política", comentou.