Com nota 4,8, o Espírito Santo alcançou o primeiro lugar entre as redes estaduais de ensino do país, na etapa do Ensino Médio, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Nos anos iniciais da educação básica, o Estado ficou em quinto lugar com 6,3 e nos anos finais do Ensino Fundamental em terceiro lugar com nota 5,3. No quesito aprendizagem, no entanto, o Estado é o único com nota superior a cinco.
Diante dos bons índices alcançados na avaliação, o governador Renato Casagrande (PSB) prevê a abertura de mais 30 escolas de tempo integral no próximo ano. “Estamos felizes pelo esforço que estamos fazendo e conseguimos o melhor resultado da série histórica. Estar em primeiro lugar no Ensino Médio é um orgulho. Enfrentamos e superamos uma pandemia [Covid] global e esse resultado mostra nossa capacidade de recuperação. Por isso, temos que parabenizar a todos os profissionais que trabalham na educação”, comentou o governador.
Em fevereiro de 2024, o MEC e o Inep já haviam divulgado outro índice que colocou o Espírito Santo em posição de destaque. Os dados informam que o Estado é o que mais tem estudantes em escolas em tempo integral levando em conta a proporcionalidade da população.
Quando Renato Casagrande assumiu o governo do Espírito Santo em janeiro de 2019, o Estado passou por uma verdadeira revolução na educação. O ensino público estadual contava com apenas 32 escolas de tempo integral. Reeleito em 2022 para o terceiro mandato, Casagrande já entregou dezenas de novas unidades, e, em 2024, o Espírito Santo contabiliza 184 escolas de tempo integral.
Meta
A educação em tempo integral é uma das ferramentas mais importantes para elevar o nível de aprendizagem no país. Para 2025, segundo o governador Renato Casagrande, a meta é que entre 20 e 30 novas escolas em tempo integral sejam criadas no Estado, muitas vinculando o ensino médio ao profissionalizante. “Essa é uma política do governo. A gente quer universalizar o acesso à educação em tempo integral e, a cada ano, a gente vai ofertando maior número de escolas com esta possibilidade e atendendo ainda mais estudantes”, disse Casagrande.
Vários fatores explicam a melhoria do Ideb no Espírito Santo. Dentre eles, destacam-se ações implementadas pela Secretaria de Estado da Educação para diminuir as desigualdades educacionais, tais como o desenvolvimento de ações de intervenção pedagógica para mitigar as desigualdades e dificuldades de aprendizagem; o apoio aos municípios por meio do Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo (Paes); o monitoramento da frequência dos estudantes; a implementação e fortalecimento da metodologia da Busca Ativa Escolar; e o monitoramento do aprendizado dos estudantes por meio das avaliações externas para subsidiar as intervenções pedagógicas.
De acordo com o ldeb, o Brasil alcançou 6 pontos nos anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano), atingindo a meta nacional estabelecida para o primeiro ciclo do indicador (2007-2021). Nos anos finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano), o Brasil alcançou 5 pontos e o ensino médio registrou 4,3 pontos, ficando abaixo das metas do indicador para o país nessas etapas, que era de 5,5 e 5,2, respectivamente.
Os resultados no Espírito Santo e no Brasil representam um avanço significativo, comparando-se com a última edição do Ideb 2019, que foi realizada antes do período de pandemia da Covid/19. A comparação com 2021 é inviável, haja vista as consequências no processo de aprendizagem bem como as condições de realização do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) no período de pandemia do Coronavírus (Covid-19).
Com informações do Governo do Espírito Santo