
Foto: Sergio Dutti
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, promoveu a primeira reunião da Comissão Especial Eleitoral do partido, voltada para as eleições municipais de 2024. A comissão é formada, além do presidente do PSB, pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, pelo prefeito do Recife, João Campos, pela deputada federal Lídice da Mata, pelo presidente do PSB-RJ, Alessandro Molon, e pela secretária nacional de Mulheres, Dora Pires. No encontro, os integrantes avaliaram o quadro eleitoral e discutiram diretrizes e perspectivas para as eleições municipais de 2024.
De acordo com Siqueira, será marcada uma reunião com os presidentes estaduais do PSB, por serem os responsáveis pela organização e execução das campanhas eleitorais em cada unidade da federação.
“A Comissão Executiva Nacional criou uma Comissão Eleitoral visando a organização das eleições municipais de 2024. Ela é muito importante e nós a reunimos pela primeira vez essa semana. Detalhamos algumas diretrizes que serão transmitidas aos presidentes estaduais do Partido Socialista Brasileiro, que são as pessoas que organizam as eleições nos Estados e deveremos convocar uma reunião desse colégio de presidentes estaduais ainda no mês de julho para que eles possam apresentar o seu projeto eleitoral em todos os Estados da Federação”, afirmou.
“Temos boas perspectivas, esperamos que todos comecem a organizar o partido eleitoralmente no seu Estado e atrair lideranças importantes para buscarmos uma renovação na política e o crescimento do nosso partido nas eleições de 2024”, completou o socialista.
Antes do encontro da comissão, na última semana, Márcio França destacou que a prioridade do partido é conseguir eleger prefeitos e um grande número de vereadores nas cidades grandes que possam se tornar potenciais candidatos para as eleições majoritárias em 2026. “É a partir da eleição municipal que você, então, complementa a eleição de deputados federais e estaduais que é, claro, de grande importância para o PSB”, disse. Para ele, o PSB precisa ser visto como um “pêndulo importante”, como o partido que acabou decidindo a eleição presidencial ao se unir com o presidente Lula apresentando como candidato a vice-presidente o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). Por isso, defende que o partido tenha uma estratégia, junto com demais forças democráticas do governo, para vencer o autoritarismo que virá com força nas próximas eleições, segundo sua avaliação.
“Temos que lembrar que agora estamos no governo, então isso tem que ser formalizado. O formato do autoritarismo não morreu, ele está por aí e vai ressurgir a partir da próxima eleição. Nós temos que ter uma estratégia, junto com o governo, onde nós já temos as prefeituras seja do PSB ou das forças progressistas e tentar reelegê-los, e onde não temos, priorizar forças novas também, em especial nas grandes cidades. [A eleição de 2024] É uma oportunidade para continuar existindo. Nós temos muitos anos de história, mas temos que lembrar que existem cláusulas para a próxima eleição. Se não conseguirmos nos sair bem na eleição municipal, dificilmente vamos ter força para a eleição nacional”, explicou.
Preparar o partido no Brasil inteiro para eleger uma boa bancada de vereadores e importantes prefeituras em todo o Brasil é também a avaliação da deputada Lídice da Mata. “Gostaria que o partido fosse visto na próxima eleição pelo eleitorado das cidades brasileiras como um partido que defende a organização das cidades voltada para fortalecer a economia criativa, gerar emprego e renda, incluir as pessoas que mais precisam no processo econômico, especialmente as mulheres, um partido democrático, moderno e plural”, definiu.
A socialista complementa que apostar em candidaturas novas e nas reeleições também deve ser uma estratégia eleitoral. “O processo eleitoral de 2024 vai ser extremamente importante para divulgar nossa legenda, dar capilaridade a ela, é importante para o partido existir enquanto partido, até porque com um grande número de vereadores e prefeitos estaremos muito mais fortes para eleger bancada de deputados federais e estaduais e nos constituirmos mais fortes enquanto partido”.
A secretária de Mulheres do PSB, Dora Pires, concorda com essa avaliação e acrescenta que as candidaturas femininas também devem ser a prioridade. “As candidaturas mais importantes devem começar nas capitais, nas cidades com mais de 200 mil habitantes e nas candidaturas femininas. O PSB precisa ser visto como um partido progressista, que não pratica violência política de gênero e que prioriza as mulheres”, afirmou.
Para Alessandro Molon, o PSB já larga na frente ao realizar essa primeira reunião da Comissão Especial Eleitoral. “Muita gente acha que a campanha eleitoral só começa em agosto do ano eleitoral. Nós, do PSB, estamos aqui em junho de 2023, portanto mais de um ano antes do começo da campanha, já discutindo as melhores estratégias e táticas para o partido crescer e fortalecer a democracia no Brasil”, destacou.
Segundo ele, o desafio do PSB é conseguir mostrar a sua voz ponderada, equilibrada e com posição política clara diante do momento de polarização que vive o país atualmente, para ser uma opção aos eleitores nas próximas eleições. “O Brasil precisa de uma opção progressista que consiga juntar três pontos: a prioridade na redução das desigualdades; segundo, o compromisso com a ética na política; e terceiro, um compromisso com o desenvolvimento sustentável”.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional