Para finalizar os ciclos de debates da Associação de Indústria e Comércio (ACIA), a candidata da coligação Frente Popular (PSB, PT, PPN, PPL), Cristina 40, disse aos associados e demais presentes que seu primeiro ato como prefeita será criar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, além de descentralizar e modernizar a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), no encontro realizado na segunda-feira, 01 de outubro, na sede.
Cristina iniciou a apresentação de seu programa de governo dizendo que as propostas foram construídas através do encontro com o povo nos bairros, uma forma de garantir o exercício à democracia do cidadão. Com a criação do Conselho, os setores empresariais também terão participação direta nas decisões. "Não é só escolher, mas avaliar o que é melhor para cidade", ressaltou.
Informou que já foi secretária de Estado da Seicom, 1ª mulher superintendente do Incra, com formação na área administrativa e de controladoria, tendo outras funções administrativas que a possibilitou experiência para designar com responsabilidade suas funções como prefeita.
"O programa de governo é um instrumento valoroso para as pessoas decidirem seu voto. Todos os mecanismos que nós poderíamos colocar para as pessoas terem acesso e contribuir com nosso programa de governo foi feito: no nosso site, redes sociais, indo nos bairros, reuniões e debates. A minha proposta vem no sentido não só de colocar os problemas, mas resolvê-los".
A candidata da Frente Popular disse que em seu mandato fará uma reformulação interna administrativa, pensada passo a passo por equipes técnicas, desde o setor de planejamento até finanças. Irá descentralizar e modernizar o sistema de atendimento dos serviços da PMM, que está defasado, e fará concurso público ao decorrer de sua gestão, mas que será necessário fazer terceirização para o primeiro ano de mandato, e a parceria com vários segmentos será fundamental para avançar.
"Precisamos cuidar de nossa cidade", alertou Cristina para a necessidade de se fazer coleta seletiva, uma vez que a prefeitura é omissa com a questão. Exemplificou com a desorganização da coleta de lixo nas feiras e nos comércios. "Macapá não tem um Plano Municipal de Resíduo Sólido, precisamos garanti-lo com parceria do governo federal para liberação de verbas. Não é um trabalho fácil, será em longo prazo, mas precisamos iniciar", ressaltou.
No campo habitacional, trabalhará com indenização de terrenos baldios, para atender a população com serviços mais próximos aos cidadãos, em curto e longo prazo. Em seu governo, implantará política fundiária, com distribuição de lotes, dando opção para o povo não ir para as áreas de ressaca, e com o Plano Municipal de Habitação, utilizará recursos do PAC, através do programa Minha casa, minha vida, do Governo Federal.
Cristina destacou as deficiências na identificação de logradouros, já que atrapalha inúmeros processos de localização, causando problemas para a população e pra a administração pública.
Ao falar de mobilidade urbana, ponderou o questionamento do tráfego de carros, considerando que o maior problema não são os carros, mas sim, ruas intrafegáveis. Nesse sentido, buscará alternativas de vias modelos nas principais ruas e avenidas de acesso, pois tem que atender a todos os meios de transporte.
Para o transporte coletivo, a candidata fará licitação e terminal de integração, visto que o bilhete único será uma realidade quando for prefeita.
Cristina trabalhará na geração de emprego e renda, que englobará vários setores. Lembrou que a Lei de n° 0132/11, que dá sustentabilidade às ações voltadas para o segmento do turismo é de sua autoria como deputada estadual. "Como prefeita, pretendo fomentar o turismo em Macapá e seus distritos", enfatizou.
Com a arrecadação de IPTU, os investimentos serão feitos por bairros. Também irá incentivar a elaboração de "edifícios garagem".
No âmbito Educação, a candidata falou da relevância de creches e escolas de ensino fundamental para a população. Segundo ela, de acordo com dados, 40% dos bairros não têm pré-escola, crianças começam a estudar aos 7 anos. Lamentou o fato de recursos de 5 milhões para construção de uma creche no Curiaú, área titulada, ter sido devolvido, pois não foi entregue nenhum projeto pela PMM.
"É prioridade garantir a educação infantil, precisamos avançar! Estamos falando de desenvolvimento, de juventude e mulher no mercado de trabalho, da redução do trabalho infantil e violência sexual"
Tema como saúde também foi abordado. Cristina acredita que a melhor saúde é a prevenção, e o sistema de saúde tem que funcionar 24h. Dentre suas propostas, citou seu projeto Saúde Toda hora, que direcionará um leque de ações para fazer reabilitar a saúde municipal.
Ao final, Cristina agradeceu a oportunidade de dialogar com a classe e entregou a Carta aberta com propostas para a área empresarial, pois acredita que é importante manter uma linha aberta com o grupo para discutir o que pensam. "Não dá para fazer gestão com o que não se controla. Antes de ir para as ruas, precisamos arrumar a casa", finalizou.