Pela passagem do Dia Internacional da Mulher, na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB-PE) criticou o estabelecimento de um critério único para a aposentadoria entre mulheres e homens, como proposto na reforma da previdência encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional. Segundo ele, para condições diferentes de trabalho, devem ser adotadas condições diferentes de acesso às aposentadorias.
“A PEC da Reforma da Previdência trata de forma desigual a relação entre homens e mulheres na medida em que todos passarão a ter o mesmo critério de aposentadoria. Esse modelo não reconhece a desigualdade que temos nas relações de trabalho entre homens e mulheres”, afirmou o deputado. Ele destacou que as mulheres ainda encontram dificuldade no acesso ao mercado de trabalho, têm remuneração desigual e enfrentam uma carga maior de trabalho, com a jornada dupla.
O deputado destacou que a bancada do PSB na Câmara dos Deputados, composta por 34 integrantes, tem manifestado preocupação e lutará pela manutenção dos critérios atuais de aposentadoria. Hoje, as mulheres precisam contribuir por 30 anos ou terem 60 anos de idade contra os 35 anos de contribuição ou 65 de idade dos homens. O texto que está em discussão na Câmara dos Deputados estabelece um mínimo de 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ambos os sexos.
“O 8 de março é uma data que celebra as conquistas na luta das relações de gênero, mas também um dia de afirmação de luta. Ainda temos muito o que avançar, por isso, é importante darmos consequência à caminhada de luta das mulheres. E o debate da Reforma da Previdência diz respeito à questão da luta pela igualdade de gêneros”, frisou.
Assessoria de Imprensa/Deputado Danilo Cabral (PSB-PE)