De norte a sul do país, trabalhadores saíram às ruas nesta sexta-feira (14) para protestar contra reforma da Previdência, proposta pelo governo de Jair Bolsonaro.
Os protestos afetaram o cotidiano de pelo menos 200 cidades nos 26 Estados e no Distrito Federal desde o começo do dia. O serviço mais atingido foi o transporte coletivo, que teve forte adesão dos trabalhadores.
A mobilização foi convocada pelas centrais sindicais e teve apoio do PSB e de outros partidos de oposição ao governo e de organizações da sociedade civil contrárias aos cortes na educação, outra bandeira levantada pelos manifestantes. Militantes dos segmentos sociais do partido marcaram presença nas manifestações.
Caminhoneiros, metalúrgicos, químicos, professores, servidores públicos e profissionais da saúde, portuários, metroviários e bancários aprovaram paralisação em assembleias. Estudantes e professores de escolas e universidades também aderiram à paralisação.
“Esta é a reforma mais cruel já proposta por um governo neste país, ela destrói a rede de proteção social que, mesmo incipiente, garante um pouco de dignidade a milhões de brasileiros”, afirma o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
O Diretório Nacional do PSB decidiu por unanimidade se opor à proposta de reforma enviada pelo governo ao Congresso Nacional. Deliberou também que voltaria a se reunir para avaliar o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentado à comissão especial, na última quinta-feira (13).
“A reforma pretende acabar com políticas sociais instituídas na Constituição de 1988, penalizando a maioria da população, em especial, os trabalhadores, idosos e as mulheres”, critica.
Em seu parecer, Moreira excluiu pontos polêmicos como a capitalização e as alterações na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Apesar disso, o relatório “ainda impõe duras regras aos que mais precisam” e “não combate privilégios”, afirma o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar (PE).
“Graças aos esforços da oposição, houve algumas mudanças em favor dos trabalhadores, mas o texto ainda impõe duras regras para a população que mais necessita”, criticou.
Um dos pontos considerados mais “duros” pelo deputado é a manutenção da idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores dos setores público e privado (65 anos para homens e 62 anos para as mulheres).
Alencar lembrou que, desde o início das discussões sobre a proposta, o PSB defendeu a necessidade de ajustes no sistema previdenciário, porém, cortando privilégios e garantindo os direitos daqueles que mais precisam.
“É um ataque impiedoso ao Sistema de Seguridade Social, cujo fundamento é a solidariedade social”, afirmou Alencar.
O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), considerou a retirada do regime de capitalização do relatório “uma vitória” da oposição, mas reforçou críticas ao relatório por entender que mantém injustiças e não elimina privilégios.
Essa Reforma da Previdência NÃO!
Com o mote “ESSA Reforma da Previdência NÃO!”, o PSB lançou em maio uma campanha nacional crítica à proposta de reforma da Previdência.
A série tem cinco vídeos, com duração média de 1’30” cada, produzidos em computação gráfica, com linguagem simples e objetiva.
Nas animações, o PSB critica os pontos centrais da reforma, como adoção do sistema de capitalização, cortes no Benefício de Prestação Continuada e mudanças na aposentadoria rural, de mulheres e de professores. A campanha é multimídia e voltada para as redes sociais, aplicativos de mensagens e portais.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional