Em um país como o Brasil, onde quase 70% das pessoas entre 15 e 64 anos são consideradas analfabetos funcionais, além da melhoria da educação básica, o investimento em políticas públicas que estimulem a leitura é fundamental.
Na tentativa de reverter esse cenário, com dados alarmantes sobre os leitores brasileiros, o deputado José Stédile (PSB-RS) quer levar para o Congresso a discussão sobre o papel estratégico das bibliotecas na formação intelectual dos cidadãos. Esse processo teve início em 2011, quando o parlamentar socialista lançou, na Câmara, a Frente Parlamentar em Defesa da Biblioteca Nacional.
Reconhecido pela iniciativa, Stélide será condecorado, na próxima segunda-feira (12), em Brasília, com o prêmio Personalidade de Destaque, oferecido pelo Conselho Nacional de Biblioteconomia em função da atuação do parlamentar em prol das bibliotecas públicas no Brasil.
“Vamos lutar para que os homens e as mulheres brasileiras enxerguem o mundo com outros olhos, sem limitações. Não é possível pensar que exista um país, com o crescimento do nosso, que possui uma taxa tão elevada de analfabetos funcionais”, afirmou Stédile.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) define analfabeto funcional como toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como lê e escreve frases simples, efetua cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional.