Na avaliação do deputado federal Luiz Lauro Filho (PSB-SP), que participou da reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira, 22, em Nova York, prevaleceu o bom senso da presidente Dilma Rousseff ao não mencionar as palavras "golpe" e "impeachment".
A presidente dedicou a maior parte dos 8 minutos e 42 segundos de sua fala para tratar da questão climática e das políticas de seu governo na área. Apenas no final Dilma falou da crise atual do país, dizendo que o Brasil vive um "grave momento", com uma sociedade que construiu uma "pujante democracia" e que o povo saberá "impedir quaisquer retrocessos".
A expectativa do deputado era de que a presidente aproveitaria o evento para denunciar o processo de impeachment autorizado pela Câmara dos Deputados como um golpe de estado. "Felizmente prevaleceu o bom senso", disse Lauro Filho. O socialista esteve acompanhado do colega José Carlos Aleluia (DEM-BA), ambos enviados como observadores da Câmara dos Deputados.
Mas, antes da reunião, segundo Lauro Filho, a missão do Brasil na ONU informou que não poderia credenciar os deputados para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre mudança climática, durante a qual a presidente falaria. "Depois de algumas dificuldades criadas por integrantes da missão, conseguimos as credenciais para participar de forma oficial da cerimônia e cumprir nosso objetivo. Eles (governo) dizem que impeachment é golpe e tentam dar um golpe na missão da Câmara dos Deputados", criticou.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional