Cumprindo agenda em Porto Alegre no final da última semana, o governador de Pernambuco e Presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, disse que o PSB e a Rede Sustentabilidade estão abertos ao diálogo com outras lideranças políticas. O governador mais bem avaliado do país aproveitou a visita ao presidente estadual do PPS, o deputado estadual Paulo Odone, para falar sobre a conjuntura política nacional visando as eleições de 2014.
O encontro foi prestigiado pelos deputados federais socialistas Beto Albuquerque, presidente do PSB/RS, Alexandre Roso e José Stédile, além dos deputados estaduais Catarina Paladini e Heitor Schuch. Lideranças do PPS, como a deputada estadual Any Ortiz, o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, e a vice-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, também marcaram presença, bem como a porta-voz da Rede/RS, Gisele Uequed e o ex-deputado Jorge Uequed.
Segundo Eduardo Campos, a política brasileira necessita de uma mudança que seja capaz de possibilitar a manutenção das conquistas e o retorno do crescimento econômico e social do Brasil. “Cerca de 70% da população brasileira quer mudança. Nosso desafio é expressar os anseios da sociedade, o recado das ruas. Temos a grande tarefa de organizar esse caminho”, destacou, enaltecendo que o diálogo com o PPS era aguardado por inúmeros militantes e simpatizantes do projeto nacional do PSB e da Rede. “A contribuição do PPS é muito bem-vinda e importante. Certamente poderá somar no nosso debate programático e na construção da nossa plataforma”, completou Campos.
Em relação às alianças nos Estados, o socialista disse que as definições ocorrerão no primeiro semestre do ano que vem. De acordo com Campos, o debate das alianças seguirá os interesses do projeto nacional e o conteúdo programático que está sendo debatido em todo o Brasil. “O PSB, a Rede e o PPS estão dialogando para que no futuro possamos estar juntos no RS e no Brasil. Queremos disponibilizar a população brasileira uma alternativa que seja capaz de fazer as mudanças que o país tanto necessita”. O socialista destacou também que a aliança entre o PSB e a Rede — além de outras siglas que possam a vir somar esforços no projeto — ofertam uma terceira via ao Brasil, fugindo da polarização PT-PSDB presente nas últimas cinco eleições presidenciais.
Para o presidente estadual do PPS/RS, Paulo Odone, existe uma forte tendência de o Partido Popular Socialista integrar a aliança com o PSB/Rede em 2014. “Somos muito otimistas com as propostas, com o conteúdo e com o discurso coerente do governador Eduardo Campos”, elogiou o deputado estadual.
Nesse sentido, o presidente do PSB/RS, Beto Albuquerque, manifestou convicção com a “parceria”, pois entende que o PPS também busca mudanças que melhorem a vida dos brasileiros.
“Estamos somando forças para conduzir o destino do país”
“Dentro desse Brasil que mudou tem um Brasil que quer mais”, disse Eduardo Campos durante confraternização de aniversário do deputado estadual Miki Breier (PSB), ocorrida no início da noite desta quinta-feira (28), no ZCafé, em Porto Alegre. Na ocasião, o presidente nacional do partido dialogou com socialistas gaúchos, reafirmou a satisfação de estar novamente no RS, além de valorizar a oportunidade de debater os próximos 11 meses que serão fundamentais para o futuro do Brasil.
Campos defendeu que o país precisa iniciar um novo ciclo econômico e social para manter as conquistas e crescer com responsabilidade e sustentabilidade — citando os três ciclos anteriores: a redemocratização, a estabilidade econômica e a redução das desigualdades sociais. “O Brasil tomou uma decisão que é repetida em todas as pesquisas de opinião. Cerca de 70% da população brasileira clama por mudança”, disse.
Analisando a política macroeconômica ele disse que o período é de crise mundial, porém as grandes potências já iniciaram o processo de recuperação, o que ainda não ocorreu com o Brasil que sofre com a inflação e a economia paralisada. “Nossas cidades precisam de mais saúde, educação, segurança, mobilidade urbana. Se não resolvermos os problemas do Brasil para as próximas duas décadas, colocaremos no ‘lixo’ todo o último século”, afirmou Campos.
O líder socialista agradeceu o trabalho desenvolvimento pelos companheiros gaúchos, destacando “o engajamento, o vigor e o talento” do PSB/RS em prol do projeto nacional da sigla. Conforme ele, a aliança PSB-Rede não se limita a questão eleitoral, mas sim, busca discutir o Brasil para os próximos 20, 30 anos. “O PSB venceu politicamente 2013 e estamos somando forças para caminhar e ter a responsabilidade de conduzir o destino do país. Precisamos iniciar o ciclo que a sociedade deseja”, completou.