O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) que o Brasil precisa de uma nova agenda política e econômica, capaz de inserir o país no mercado global, com melhoria da produtividade da economia, sustentabilidade e investimento em inovação.
Para uma plateia de mais de 150 empresários, Eduardo disse também que o Brasil vive uma crise de confiança, e apontou a necessidade de um novo pacto federativo, que viabilize os investimentos necessários em saúde, educação e segurança.
"O desafio é muito mais de expectativa e confiança do que de fundamentos econômicos”, afirmou o governador. “Várias reformas estruturais foram sendo adiadas, e agora não tem outro caminho. Ou a gente faz, ou faz”, disse Eduardo Campos.
O governador abriu uma série de encontros chamados de “Visões de futuro: propostas para o Brasil e para o Rio”, promovidos pela FIRJAN, em que serão ouvidos todos os que já manifestaram intenção de se candidatar à presidência da República ou ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Para mais informações sobre essa série de encontros, acesse www.firjan.org.br/visoesdefuturo.
“Hoje o Brasil clama por um projeto de crescimento para as próximas décadas, um novo pacto político. O desafio do crescimento é melhorar produtividade da economia e olhar para a qualidade de vida dos brasileiros. Esses dois pilares devem presidir o debate sobre os próximos dez anos”, defendeu o governador.
Em sua palestra, Eduardo Campos enumerou o que considera uma série de contradições da política econômica brasileira. “Exportamos minério de ferro, mas importamos trilhos, descobrimos o pré-sal, mas importamos gasolina. Temos que vencer essas contradições para garantir o crescimento”, completou.
Ele também ressaltou o déficit de 105 bilhões de dólares na balança comercial da indústria em 2013, compensado em parte pelo bom desempenho da agricultura brasileira – obtido graças ao desenvolvimento tecnológico do campo. O governador defendeu que a vanguarda obtida na produção de bens primários também se reflita no desenvolvimento da indústria, para diminuir a dependência da importação de produtos manufaturados.
Ao saudar o governador, o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, lembrou que “Visões de Futuro” foi o nome dado a uma série de encontros em que empresários, governo estadual, prefeitos e sociedade civil debateram os problemas que prejudicam a competitividade de cada região do Rio de Janeiro, e propuseram caminhos para superá-los.
“Acreditamos firmemente que o debate democrático está na base da construção de uma nação próspera e justa como a que todos nós desejamos”, explicou Eduardo Eugenio.