Em encontro com auditores fiscais de entidades de classe de nível federal, estadual e municipal, no Rio de Janeiro, o candidato à Presidência, Eduardo Campos, da Coligação Unidos pelo Brasil, voltou a criticar o governo federal na condução do caso Petrobras, em que ex-dirigentes da empresa teriam recebido com antecedência perguntas a serem feitas durante a CPI do Senado, e defendeu o “resgate” da empresa, por meio de uma nova forma de gestão. “Precisamos mexer nos contratos, que são muito onerosos. No nosso governo, a Petrobras será resgatada com uma governança profissionalizada. Temos de garantir de que haverá condições de seguir plano estratégico de desenvolvimento, dentro de uma política para o setor energético que leve a uma matriz cada vez mais limpa”, disse o presidenciável.
Em entrevista à imprensa, Campos defendeu a necessidade de um novo modelo na gestão financeira da companhia, blindando-a de riscos e do fisiologismo político. “É possível atuar sem intervir nas fontes de receitas da Petrobras como faz o atual governo, para que não se enfrente as atuais dificuldades que temos acompanhado. Vamos blindar a Petrobras da politicagem e do oportunismo político. Estive no Rio Grande do Sul, há uma semana, e um estaleiro precisou demitir 12 mil funcionários por conta da situação da Petrobras”, destacou.
Sobre a política de preços para a energia e combustíveis, Campos foi enfático em sua crítica à atual gestão federal. “O governo segura a inflação, guardando o aumento de gasolina e energia elétrica. Estão esperando somente passar a eleição para aumentar, acreditando que as pessoas não percebem que estão maquiando os preços”, ressaltou.
Programa de governo – Questionado sobre suas propostas de governo recentemente anunciadas – como o Passe Livre, a reforma tributária e a escola em tempo integral – e sua viabilidade orçamentária, Campos explicou que são propostas passíveis de execução em um único mandato – a exemplo de sua experiência no governo de Pernambuco. “Estamos falando de um governo de quatro anos. Nesse período, teremos tempo para fazer a reforma tributária, equilibrar as contas públicas, implantar o ensino integral e o passe livre. É um processo que faremos com responsabilidade. Já governei um estado importante e cumpri com todos os compromissos que assumi”, concluiu.