O presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou nesta segunda-feira (13) à noite em São Paulo que seu partido não vai politizar a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Perguntado se os socialistas vão apoiar a candidatura do deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB, Campos disse que a decisão será tomada pela bancada do PSB na Câmara Federal. 

A candidatura de Alves recebeu apoio tanto do PT como do PMDB. Eduardo Campos defendeu a manutenção do princípio da proporcionalidade na eleição para a presidência da Câmara, em respeito às minorias. Na última eleição para a mesa da Câmara Federal, o PSB apoiou o deputado Marco Maia, do PT.

O governador de Pernambuco recebeu, em São Paulo, o XVII Prêmio CORECON-SP Excelência em Economia, homenagem da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-SP). Anualmente, a OEB e o Corecon-SP homenageiam os economistas que mais se destacam no país. Além de Eduardo Campos, o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Roberto Macedo, recebeu o Prêmio Economista do Ano 2012.

Eduardo Campos foi recebido pelo vice-governador paulista, Guilherme Afif (PSD), e esteve, durante a entrega do prêmio, ao lado do ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, do professor Edmar Bacha, também economistas. Bacha, do Instituto de Estudos e Política Econômica da Casa das Garças, foi um dos premiados, ao lado de Roberto Padovani, da Votorantim Corretora, Miguel Colassuono, da Eletrobrás, Victorio Carlos Marchi, da Ambev, Maria Helena Garcia Zockun, da Fipe, Jorge Matsuda (Matsuda), Sérgio Lamucci, do jornal Valor Econômico e Mansueto Almeida Junior, do Ipea.

Animado com o crescimento da candidatura de Geraldo Júlio, do PSB, à prefeitura do Recife, Eduardo Campos considera que o partido “venceu o primeiro round” da luta que trava contra a candidatura do senador Humberto Costa, do PT. Ele considera que toda campanha eleitoral se divide em dois momentos: antes e depois da TV e dos debates. A primeira fase é dominada pelos candidatos mais conhecidos, como Costa. Na segunda, a questão do conhecimento fica em segundo plano, e pesa mais o conteúdo de cada candidatura, explicou Campos.

A explicação serve tanto para o Recife, onde PT e PSB estão em campos opostos, como para São Paulo, onde ambos partidos apoiam a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad (PT).