Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, e Marina Silva, candidata a vice, participaram nesta quinta-feira (7) de encontro na Fundação Abrinq, em São Paulo. Eduardo assinou o Termo de Compromisso do Projeto Presidente Amigo da Criança.
Criado em 2002, o projeto tem como objetivo comprometer o próximo presidente da República com a implementação de políticas públicas voltadas à melhoria da situação da criança e do adolescente no Brasil, garantindo seus direitos, segundo as metas definidas pela ONU.
Entre essas políticas, estão as que buscam reduzir a incidência de trabalho infantil no Brasil e aumentar vagas em creches para acolher crianças em fase pré-escolar. Segundo o projeto, se houver melhora dos índices ao longo de quatro de governo, o presidente receba o título de Presidente Amigo da Criança na plataforma 2015-2018.
Acompanhado por sua mulher, Renata Campos, e pelo filho caçula de seis meses, Miguel, Eduardo ficou emocionado ao falar sobre o tema da inclusão de crianças e adolescentes, demonstrando forte identidade com o tema. O presidenciável referiu-se a programas de sua gestão em Pernambuco, como a escola em tempo integral e o projeto “Mãe Coruja”, coordenado por sua esposa, que instituiu como política pública a humanização do parto.
“Escola não é feita de pedra e cal”, disse Eduardo, mencionando o educador brasileiro Paulo Freire. Ele enfatizou que sua gestão à frente do governo de Pernambuco priorizou a questão educação e reiterou seu compromisso com a implantação da educação em tempo integral em todo o país.
Também afirmou que seu governo irá garantir a universalização do acesso à educação na pré-escola e na primeira infância. “Temos a meta da universalização da pré-escola de longa data”, disse ele. “Ainda temos mais de um milhão de crianças de até quatro anos fora da pré-escola, o que representa a população de muitas capitais do País. É uma meta queremos cumprir em quatro anos”, afirmou.
Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), apresentados pela Abrinq, há 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando hoje no Brasil. São jovens fora da escola. E é no Nordeste onde está o registro do maior contingente de jovens nessas condições. A Abrinq espera que os presidenciáveis se conscientizem do problema e ajudem a reduzir esse número.
Ouça aqui a entrevista de Eduardo na Fundação Abrinq: http://mudan.do/XI6BCk