Durante a Assembleia Geral do Comitê Permanente da América Latina para a Prevenção do Crime da ONU(Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira (29), em Salvador, Eliana Calmon, ex-ministra STJ e pré-candidata baiana ao Senado pela Aliança PSB-REDE, recebeu uma homenagem pelo seu trabalho à frente da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Calmon é Secretária-geral do Comitê, responsável por apontar soluções para a violência urbana na América Latina. Durante sua pesquisa à frente da secretaria do Comitê, a ex-ministra fez uma análise dos problemas que causam deficiência na segurança pública e na educação do país. “O relatório chama a atenção da sociedade local para o gravíssimo problema que estamos vivendo no Brasil, que é a questão da segurança pública e da criminalidade, cuja origem está na corrupção”, ela explica.
“Esse relatório é feito parcialmente pelos países, no caso o Brasil, onde se vê as causas da delinquência. Esse resultado parcial é entregue à ONU, que vai estabelecer quais as metas e prioridades para diminuição desses índices. A nossa preocupação é que a ONU está de um lado, mas o governo está do outro, porque nós [a ONU] entendemos que o combate à corrupção está diretamente ligado com a diminuição da delinquência, mas o governo não entende. No momento em que tenhamos politicas ligadas a evolução da economia e da educação, esses problemas estarão resolvidos”, conclui.
A ex-senadora e pré-candidata a vice-presidente pela Aliança PSB-REDE, Marina Silva, esteve no evento para prestigiar a condecoração. Para ela, a homenagem é um reconhecimento dos esforços da ex-ministra no país.
O Comitê Permanente da América Latina para a Prevenção do Crime da ONU foi instalado em outubro de 2013 e é presidido pelo vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. O comitê tem como principal característica de trabalho mapear as tendências comuns no fluxo de criminalidade nas diferentes regiões da América Latina e identificar o impacto da violência na família e na comunidade.