O deputado federal Elias Vaz (PSB) considera impróprio o ato do presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara, Léo Motta (PSL-MG), de avocar para si a relatoria da PFC 36/2019. De autoria do socialista, a proposta pede que o colegiado, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), investigue as despesas efetuadas com os cartões corporativos da Presidência da República.
Somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados, sob sigilo, gastos com cartões corporativos no valor de R$ 5,8 milhões. Os gastos secretos da Presidência da República já somam 15% a mais se comparados ao mesmo período do ano passado. E já ultrapassam o limite determinado pela Secretaria de Administração da Presidência.
“Me causou estranheza essa posição, faltou bom senso do presidente da comissão, que é do mesmo partido do presidente e apoiador do governo. A comissão deveria ouvir um parlamentar que fosse imparcial neste caso”, justificou Vaz.
“Os gastos com cartões corporativos da Presidência da República estão disponíveis no Portal da Transparência, mas muitos dados sobre os valores desembolsados, como data e nome do favorecido, estão classificados como sigilosos. Por que o presidente esconde os seus gastos?”, questionou o deputado do PSB.
Com informações da Lid. do PSB na Câmara