Em evento que lotou neste sábado (26) o auditório da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), em Cuiabá, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu a autorrenovação dos partidos políticos para o fortalecimento da democracia e a superação da crise política pela qual passa o país.
Siqueira afirmou que a democracia depende de partidos políticos fortes, e, para isso, é necessário que eles se autorrenovem, como propõe o PSB no seu processo de autorreforma.
“A política não é um fenômeno congelado. Ela é um fenômeno dinâmico, que exige renovação. E a renovação da política se dá através dos partidos políticos, que são a coluna da democracia. A democracia não existe sem partidos fortes”, defendeu.
O evento contou com as presenças de vereadores, prefeitos, secretários de Estado, além de importantes lideranças nacionais, estaduais e municipais do PSB e de outros partidos.
Entre os presentes estavam o vice-presidente nacional de Modernização Partidária do PSB, João Capiberibe, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o presidente e o vice-presidente do PSB-MT, os deputados estaduais Max Russi e Dr. Eugênio, respectivamente.
No encontro, assinaram ficha de filiação ao PSB o prefeito de Araguaiana, Getúlio Dutra, o vice-prefeito de São Félix do Araguaia, José Divino, e o ex-vereador de Rondonópolis, Ibrahim Zaher.
A autorreforma partidária terá seu pontapé inicial em uma conferência nacional, no Rio de Janeiro, nos dias 28, 29 e 30 de novembro, quando os socialistas se debruçarão na análise de um documento escrito “por várias mãos”, para atualização de seu manifesto e programa partidário, explicou Siqueira.
Depois de aprovado, o documento será encaminhado para amplo debate nos diretórios municipais e estaduais. Siqueira disse que a direção nacional não pretende promover uma autorreforma “de cúpula”, e quer estimular a contribuição de toda a militância e da sociedade civil organizada.
“A reforma só pode acontecer se tiver a contribuição de cada um de vocês. E ela precisa da participação da sociedade civil organizada. Não queremos fazer uma reforma cosmética, que muda o nome do partido, que muda o símbolo do partido, até porque nós temos muito orgulho de ser o Partido Socialista Brasileiro. Não queremos e não podemos fazer uma autorreforma de cúpula”, destacou.
Para Siqueira, pensar a autorreforma é pensar em soluções para “tirar o país do subdesenvolvimento”. Este processo deve refletir a visão dos socialistas em áreas estratégicas como educação, ciência e tecnologia, inovação, e indústria.
Em seu discurso, o presidente do PSB defendeu ainda uma política industrial para geração de renda e emprego, e o desenvolvimento sustentável da Amazônia “por meio do conhecimento” para que a região se torne promissora economicamente.
“Pensar a autorreforma é pensar em soluções para colocar o país na prosperidade, na justiça social e na igualdade de oportunidades para todos os jovens, idosos, homens e mulheres, sem distinção”, defendeu Siqueira.
“Essa hora é de reflexão e de debate, de amor ao país, em nome da salvação da democracia, que precisa ser preservada. Fora da democracia não há saída para o povo. Nós temos amor a democracia, dela não podemos abrir mão, e a nossa autorreforma tem esse objetivo”, completou o presidente do PSB.
O vice-presidente nacional de Modernização Partidária e ex-senador João Capiberibe destacou que a crise na política decorre da descrença dos eleitores em seus representantes e nas instituições. Por isso, o debate da autorreforma se faz importante, avaliou. “A autorreforma busca aproximar a sociedade e a militância do nosso partido”, disse.
Autor da Lei da Transparência, que tornou obrigatória a exposição de gastos públicos, Capiberibe defendeu o projeto de lei que institui a gestão compartilhada. Pela proposta, grupos de cidadãos organizados em aplicativos de mensagens poderão acompanhar a execução do orçamento financeiro e físico de obras de suas cidades, por exemplo.
“A Lei da Transparência é uma iniciativa do nosso partido. Mas nós queremos muito mais. Além das informações escolhidas nos portais de transparência, nós queremos mobilizar a sociedade com o exercício do controle social”, destacou.
“O PSB, nos seus 72 anos de história, está no caminho certo. A autorreforma nos anima, nos estimula, porque nós vamos conversar com a população, discutir os problemas para melhorar o partido, o nosso país e o nosso Estado”, destacou o presidente do PSB-MT, deputado estadual Max Russi.
Há um ano da eleição, o PSB discute sobre candidaturas competitivas em todo o Mato Grosso, ressaltou Russi. “Estamos construindo o PSB da forma correta, falando com a base, organizando e estimulando a nossa militância”, afirmou.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional
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