O PSB, em parceria com PT, PSol, Rede e UP, entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), nesta segunda-feira (6), pedindo a suspensão do decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que autoriza reabertura de estabelecimentos comerciais.
O último decreto assinado por Ibaneis autoriza o funcionamento de salões de beleza e academias a partir desta terça-feira (7), bares e restaurantes podem abrir suas portas em 15 de julho. As escolas e universidades particulares podem voltar a funcionar presencialmente em 27 de julho, as públicas serão liberadas a partir de 3 de agosto.
O Distrito Federal registrou nesta segunda-feira mais 2.003 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus, chegando a 59.857 casos e 652 óbitos em decorrência da doença.
Os dirigentes regionais dos cinco partidos pedem no Manifesto em Defesa da Vida no DF a suspensão do cronograma de liberação até que seja comprovado que há estrutura para atender a população e não comprometer o isolamento do grupo de risco.
O anúncio da reabertura de todas as atividades aconteceu quase simultaneamente ao aviso de que o DF entrou em estado de calamidade pública e no momento que a curva de casos cresce exponencialmente.
“Em meio ao colapso da saúde, uma curva de aumento no número de casos cada vez mais verticalizada, o vírus atingindo com rapidez as regiões mais pobres do DF e de forma descontrolada. O que Ibaneis faz? Resolve reabrir tudo, ele segue a cartilha do caos e precisa ser impedido”, afirmou o presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias.
O documento apresentado afirma que o governador Ibaneis tomou, inicialmente, as medidas necessárias para impedir a rápida disseminação do vírus e os primeiros resultados foram positivos. Mas, ainda em março “iniciou uma injustificável e irresponsável “flexibilização” do isolamento social e aderiu à tese genocida, difundida por Jair Bolsonaro, de que não importam as vidas perdidas e as sequelas adquiridas na contaminação se há leitos para receber os doentes e as atividades econômicas são retomadas”.
Além de Rodrigo dias, assinam o documento o deputado distrital Fábio Felix (PSol), Jacy Afonso (PT), Ádila Rocha (Rede) e Leonardo Pericles (UP).