O candidato a vice-presidente da República pela chapa de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), esteve hoje em Passo Fundo, onde participou ao lado dos candidatos ao Governo, José Ivo Sartori, e ao Senado, Pedro Simon, de uma série de atividades políticas. Pela manhã Beto participou de um ato em frente à Praça Marechal Floriano, que contou também com a presença do candidato a vice-governador José Paulo Cairoli e de diversas lideranças. A programação teve, ainda, uma caminhada pela região central da cidade e reunião-almoço realizada pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa), no Clube Comercial.
Natural de Passo Fundo, Beto fez um resgate de sua trajetória, iniciada como mecânico na cidade, e destacou que este é um momento histórico não apenas para Passo Fundo e Região, mas para todo o país. “A mudança no Brasil não está sendo feita pelos partidos, mas pela população, que exige uma nova realidade. Nós representamos esta transformação sem omissão nas discussões importantes sobre o que é necessário enfrentar”, disse. Ao falar a respeito dos ataques feitos por outras candidaturas na propaganda eleitoral, ele ressaltou: “Repudiamos a forma caluniosa e apelativa que os adversários vêm adotando na tentativa de difamar Marina Silva. Somos a mudança responsável e jamais acabaríamos com os avanços sociais e programas Bolsa Família ou Minha Casa Minha Vida”, destacou ao ressaltar que outra mentira dos adversários é que o pré-sal não será implementado.
Sobre a questão dos conflitos entre agricultores e populações indígenas, o candidato voltou a criticar a omissão do governo sobre o assunto e ressaltou a importância do diálogo. “É preciso estabelecer o diálogo para que tanto os agricultores quanto os índios possam se sentir respeitados e tratados com justiça. O que não pode é o governo federal se omitir como vem se omitindo nos conflitos de terra. Queremos justiça para os agricultores, mas também queremos justiça para os índios e quilombolas, sem prejuízo de quem quer que seja”, afirmou.
Segundo Beto, em nenhuma hipótese as propriedades tituladas pelo governo serão desapropriadas, mesmo se tratando de demarcações indígenas. “Quem no Mato Castelhano deu o título, há mais de 100 anos, para os agricultores foi o Governo e, se ele o fez, o ato precisa ser respeitado”. Entretanto, o candidato reiterou que isso não significa que o problema da população indígena não precisa e não será resolvido. “O índio tem seu direito constitucional legítimo, mas para resolver o problema de um eu não preciso tirar terra de quem as possui por direito”, defendeu ao lembrar que no Mato Grosso índios e agricultores chegaram a um consenso.
Ao lado de Sartori, Beto Albuquerque reafirmou que Marina irá renegociar a dívida do Estado. “Este é um compromisso que já tinha sido assumido por Eduardo Campos com o Rio Grande. Não renegociar a dívida significa comprometer uma unidade da Federação que sempre ajudou o Brasil a crescer e se desenvolver. Vamos dar fôlego ao Rio Grande, não para continuar se endividando, mas para ajustar as contas, para estabelecer meritocracia na saúde, na educação, na segurança. Correr atrás de resultados e fazer investimentos”.
Na Acisa, Beto defendeu a Reforma Tributária já nos primeiros meses de Governo. “Hoje o Brasil está sem gestão, sem governança. Não há nenhuma área que você tenha metas e controle de resultados. O país se acostumou, dentro de sua ineficiência, a aumentar impostos e quem paga é o povo. Não vamos aumentar impostos, Vamos implementar um novo Pacto Federativo e simplificar os tributos.