“Não existirá democracia verdadeira enquanto houver discriminação contra mulheres e restrição a sua participação”, disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, neste domingo (13), na abertura do 2º Encontro Internacional de Mulheres Socialistas, realizado em Recife.
Participaram o governador de Pernambuco Paulo Câmara, o vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, o senador João Capiberibe e o deputado federal Tadeu Alencar.
Para mais de 300 pessoas, entre filiados e militantes, líderes socialistas e representantes de partidos socialistas da América Latina, Siqueira lembrou que a organização das mulheres começou quando os partidos socialistas também se organizaram, então adquiriram o direito ao voto no Brasil em 1932.
Lembrou do início do debate para organizar as mulheres no PSB, em 1999, em conjunto com Mari Trindade, a primeira secretária nacional de mulheres do partido. À época não havia previsão no estatuto partidário, mas o tema foi levado e aprovado em congresso pelos socialistas. “Hoje, as mulheres estão presentes em todas as executivas estaduais, municipais e nacional, graças a essa luta de 1999 e que não vai parar”, disse.
No discurso de abertura, a secretária de Mulheres do PSB, Dora Pires, destacou a importância da realização do evento em Pernambuco, estado governado pelo partido e referência em políticas de igualdade de gêneros. “Vivemos em uma sociedade em que não cabe mais a exclusão das mulheres na organização social e política do Brasil e do mundo. Temos força para transformar a sociedade de maneira consciente e coordenada”, disse.Durante a abertura, Beto Albuquerque chamou a atenção para a importância da paridade entre homens e mulheres na estrutura partidária e para ações de empoderamento feminino. “Temos que assumir decisões corajosas e permitir o crescimento e a ascensão das mulheres nas estruturas de poder.”
O governador de Pernambuco Paulo Câmara ressaltou a continuidade em sua gestão das políticas públicas iniciadas nos governos de Miguel Arraes e de Eduardo Campos. “Desde a implantação da Secretaria de Mulheres buscamos capacitá-las para que avancem e façam a diferença. Criamos políticas de inclusão que foram premiadas e marcaram a história. Queremos continuar avançando”, declarou.
O senador João Capiberibe (AP), autor da lei da transparência nas contas públicas, afirmou que é preciso discutir sobre democracia plena durante o encontro. Ao longo do evento, se apresentaram Bia Marinho e Grupo Encanto e Poesia, que no início interpretaram os hinos nacional e de Pernambuco.
“O PSB tem grande responsabilidade na luta das mulheres, pois Eduardo Campos enxergou a necessidade de se discutir as questões de gênero com responsabilidade”, afirmou o deputado federal Tadeu Alencar (PE).
O presidente do PSB no Estado Sileno Guedes afirmou que os temas de gênero são prioritários no partido. “É a partir de reflexões sobre gênero que o PSB dissemina e implanta políticas igualitárias e dá continuidade às ações de gênero implementadas por Eduardo Campos”.
No encontro, foi entregue o prêmio Pagu, numa homenagem conferida a personalidades que contribuem para o fortalecimento partidário e que lutam por um país melhor para todas as mulheres. O prêmio faz referência à escritora, poeta, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu, a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.
Assessoria de Comunicação/PSB