O semiárido do Nordeste brasileiro passa por um momento de estiagem que, segundo especialistas, é a pior seca dos últimos 40 anos. O problema ocorre em meio às discussões sobre as obras de transposição do Rio São Francisco, custeadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foi com o intuito de discutir as dificuldades para a conclusão desse empreendimento que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle realizou audiência pública com a participação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, nesta terça-feira (22).
Convidado pela Comissão a explicar a atual situação da obra, Bezerra comentou os percalços que o Governo tem enfrentado e ressaltou o esforço do Ministério em ampliar a oferta de água para o nordestino da região com as obras em curso. “Levaremos esse recurso para as comunidades que mais necessitam.”
Segundo o ministro, 35 mil habitantes de 256 cidades, além de municípios em um raio de 5 km das obras, serão beneficiados. A novidade apresentada pelo ministro foi a autorização dada pela presidente Dilma para que se faça o levantamento de custos para ampliar a área atendida para até 10 km.
Reajustes
Questionado pela oposição a respeito do aumento do custo, o ministro disse que entre os motivos estão o reajuste de preço e a compensação ambiental. “A renegociação de valores prejudicou o andamento dos trabalhos e nem tudo foi reajuste, mas alteração contratual”, explicou.
O deputado Valtenir Pereira (PSB-MT), defendeu que “as obras foram orçadas em 2006 e 2007, então os ajustes tiveram que ser feitos”, disse. Para o parlamentar, Fernando Bezerra esclareceu as dúvidas. “O ministro foi muito claro e mostrou a preocupação que o Governo tem em fazer obras de qualidade e que fiquem para sempre”, ressaltou.