
Casagrande explicou que a publicação traz orientações para lideranças e militantes e defendeu a economia criativa como instrumento de inclusão.
A Fundação João Mangabeira, braço de formação política do PSB, lançou a sexta edição do Boletim Conjuntura Brasil, que traz como tema a economia criativa (acesse aqui a versão eletrônica).
A publicação reúne artigos de especialistas renomados nacionais e internacionais que apontam saídas para a crise financeira no país por meio da inteligência e da criatividade humana, tendo como base a valorização dos produtos culturais e de educação.
A solenidade de lançamento ocorreu na última quarta-feira (8), na Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC), em São Paulo, e foi mediada pelo presidente da FJM, Renato Casagrande.
Participaram o vice-governador de São Paulo e presidente estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Márcio França, o ex-ministro Aldo Rebelo, e o ex-secretário de Turismo do Estado da Bahia e presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli.
Estiveram presentes também o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, Vivaldo Mendonça, a professora e ex-secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, além de gestores públicos e militantes.
O presidente da FJM, Renato Casagrande, explicou que a publicação traz orientações para lideranças e militantes do PSB e defendeu a economia criativa como instrumento de inclusão social e de desenvolvimento para o país.
“Nós produzimos esse boletim não só sobre Economia Criativa, mas sim sobre ‘socialismo criativo’. Nossa missão é usar a economia como um instrumento para o crescimento do País e, principalmente, na diminuição das desigualdades”, afirmou.

O vice-governador de São Paulo, Márcio França, destacou as ações feitas no Estado para o incremento do setor. Foto: FJM
“Entramos na quarta revolução industrial, onde o trabalho menos qualificado será executado por máquinas. Por isso, precisamos vincular a criatividade à política industrial e à valorização do capital humano”, afirmou.
O vice-governador de São Paulo, Márcio França, destacou as ações feitas no Estado para o incremento do setor. Segundo ele, foram criadas, até agora, cinco escolas técnicas públicas de economia criativa e, até o final do próximo ano, a expectativa é chegar a 150 unidades.
“Estudamos as áreas em São Paulo que já atuam no setor. Muitos artesãos, designers, programadores já fazem isso e não sabem”, disse França. “Hoje, temos mais gente empregada em empresas ligadas à criatividade do que na própria indústria automobilística”, disse.
Responsável pelo conteúdo editorial desta edição, Leonelli destacou que a economia criativa cresce cerca de 6% ao ano no Brasil e pode chegar a representar 7% do PIB.
O país é o quarto consumidor do mundo de produtos e serviços da economia criativa, no entanto, ocupa a 15ª posição no ranking do setor, afirmou Leonelli, que foi responsável pela criação do plano estratégico de economia criativa do Estado de São Paulo. “O país necessita de um plano nacional de desenvolvimento para a economia criativa”, defendeu o socialista.

Leonelli: País necessita de um plano nacional de desenvolvimento para a economia criativa. Foto: FJM
“Temos um país culturalmente diversificado, o que já nos oferece uma vantagem na economia criativa, mas é preciso gestão, assim a economia criativa terá um papel importante até para a renovação do nosso parque industrial”, afirmou.
Cláudia Leitão criticou a ausência de políticas públicas voltadas para o setor e defendeu a necessidade de o país tratar a cultura como segmento da economia.
“Sem a criatividade, aliada à cultura e educação não superaremos o momento que o país está vivendo e dificilmente alcançaremos o desenvolvimento”, defendeu.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Fundação João Mangabeira