O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), criticou os juros altos no Brasil e defendeu o estímulo à economia durante seu discurso, nesta segunda-feira (20), em evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Para Alckmin, os juros altos não se justificam, travam investimentos e tornam a dívida brasileira mais cara. Por isso, defende o “bom senso” na redução da taxa básica de juros (a Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano. A fala do vice-presidente ocorreu na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne nesta terça (21) para decidir sobre a nova Selic.
Segundo Alckmin, há gordura para cortar os juros. “Agindo com responsabilidade fiscal, não há nada que justifique ter 8% de juros real acima da inflação quando não há demanda explodindo e, de outro lado, quando o mundo inteiro tem juros negativos. Mas nós acreditamos no bom senso e que a gente vá, com a ancoragem fiscal, mitigar essa dificuldade”, afirmou.
O vice-presidente afirmou que o governo federal tem concentrado seus esforços para fazer avançar a reforma tributária e para encaminhar uma nova proposta de ancoragem fiscal, que deve ser apresentada “nos próximos dias”.
“Estamos otimistas que a reforma tributária possa avançar. Já o custo de capital é um outro problemão porque juros altos dificultam investimentos e encarecem a dívida do governo. Metade da dívida (do governo) é Selic. E acho que o governo encaminha nos próximos dias a ancoragem fiscal, que vai combinando curva da dívida, de outro lado superávit e do outro lado o controle do gasto. Uma medida inteligente, bem feita, que vai trazer bastante segurança na questão fiscal”, disse.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações do Estadão, O Globo, CNN