O PSB estará presente no novo governo eleito para 2023 com três integrantes liderando importantes ministérios. Nesta quinta-feira (22), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o futuro vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como ministro da Indústria e Comércio (MDIC). O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), também teve seu nome oficializado para comandar o Ministério de Portos e Aeroportos.
No início de dezembro, o senador eleito e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), já havia sido nomeado por Lula como o novo ministro da Justiça e Segurança Pública.
“Agradeço a confiança e a honra com as quais o presidente Lula me atribuiu a missão de exercer o cargo de ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que voltará à Esplanada em janeiro. Com esta decisão, o presidente Lula reforça nosso compromisso pela retomada do emprego e da renda, a partir da reindustrialização do país; de mais acordos internacionais, promovendo maior abertura comercial, e do estabelecimento de uma agenda de competitividade que reduza custos, incentive o empreendedorismo e viabilize o aumento da renda do trabalhador. Vamos ao trabalho!”, ressaltou Alckmin em suas redes sociais.
“Agradeço a confiança e o reconhecimento do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do PSB, que fez a indicação do meu nome. Assumo o desafio de comandar este setor vital e estratégico para o Brasil, que é o Ministério de Portos e Aeroportos, a partir de 2023”, declarou França em suas redes sociais.
Os anúncios foram feitos a jornalistas e líderes partidários no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do gabinete de transição, em Brasília.
Na ocasião, Lula ainda nomeou outros 16 ministros, que se juntam aos cinco membros do primeiro escalão já definidos anteriormente. O futuro presidente afirmou que irá apresentar até terça-feira (27) os nomes restantes que vão completar os 37 ministérios de seu governo.
Lula afirmou ser mais difícil montar o governo do que ganhar as eleições e que está tentando fazer um governo que representa, ao máximo, as forças políticas que o acompanharam ao longo da campanha presidencial.
“Eu gostaria de dar um conselho aos ministros: que, ao montarem seus governos, levassem em conta a pluralidade das pessoas que participaram da campanha, que cada pessoa tente montar um governo colocando gente diversa, gente de outras forças políticas que nos ajudaram porque somente assim a gente vai contemplar o espectro de gente que participou dessa transição”, disse.
O futuro presidente ainda destacou que a eleição de 2022 foi a mais difícil da história do país e que terá um trabalho árduo nos próximos quatro anos. “Vocês se lembram o quanto era difícil ser oposição. E o povo brasileiro teve coragem. E posso dizer a vocês que a gratidão do povo pelos governos que exercemos nesse país de 2013 a 2016, antes do golpe, foi reconhecido por mulheres e homens do país. Obviamente que agora temos que fazer mais, com mais competência, e melhor. Nós já fizemos uma vez, já aprendemos, sabemos quais são os caminhos e as dificuldades, e vamos vencê-las”.
Para finalizar, Lula ressaltou que a luta contra o bolsonarismo ainda será difícil. “O que nós precisamos ter consciência é que derrotamos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo está nas ruas desse país, raivosa e sem querer reconhecer a derrota que tiveram. Portanto, além de governar com competência e eficiência, nós vamos ter que derrotar o bolsonarismo nas ruas para que o país volte a ser democrático, para que esse país volte a sonhar e ser feliz. Esse é um compromisso nosso!”, defendeu.
Confira abaixo a lista dos ministros confirmados até o momento:
Geraldo Alckmin – Ministério de Indústria e Comércio;
Flávio Dino – Ministério da Justiça e Segurança Pública;
Márcio França – Ministério de Portos e Aeroportos;
Fernando Haddad – Ministério da Fazenda;
Rui Costa – Casa Civil;
José Múcio – Ministério da Defesa;
Mauro Vieira – Ministério das Relações Exteriores;
Alexandre Padilha – Relações Institucionais;
Márcio Macedo – Secretaria-Geral;
Jorge Messias – Advocacia-Geral da União;
Nísia Trindade – Ministério da Saúde;
Camilo Santana – Ministério da Educação;
Esther Dweck – Ministério de Gestão;
Luciana Santos – Ministério de Ciência e Tecnologia;
Cida Gonçalves – Ministério de Mulheres;
Wellington Dias – Ministério de Desenvolvimento Social;
Margareth Menezes – Ministério da Cultura;
Luiz Marinho – Ministério do Trabalho;
Anielle Franco – Ministério da Igualdade Racial;
Silvio Almeida – Ministério de Direitos Humanos;
Vinícius Carvalho – Controladoria-Geral da União.