O governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), disse no último fim de semana, ao visitar a cidade de Simões, a 440 quilômetros de Teresina, que o Governo não tem medo de enfrentar a seca. “Estamos animados e dispostos e vamos tomar todas as providências necessárias para enfrentar o problema”.
Wilson Martins foi a Simões assinar a ordem de serviço para início da construção de 50 barragens de acumulação em oito municípios da região, que vão melhorar as reservas hídricas do Semiárido, a área mais afetada pela calamidade. Os municípios beneficiados com as barragens são Acauã, Betânia, Caridade, Curral Novo, Lagoa do Barro, Paulistana, Queimada Nova e Simões.
O Governo já está contratando 300 carros-pipa para atender a população nos 93 municípios cujos decretos de emergência já foram reconhecidos pelo Governo Federal, mas não há limite para estas contratações. “Vamos colocar o tanto de caminhão que for preciso. Quem precisar é só procurar a Defesa Civil”, disse.
Outra garantia é o equipamento de poços já perfurados. Quem possuir poço com água é só comunicar que o Governo colocará para funcionar. Serão atendidas, também, as pessoas que queiram perfurar poços, desde que a área ofereça condições para tal. “Esse negócio de poço sem equipamento é coisa do passado”, garante o governador.
Ele assegurou, ainda, que, por ordem da presidente Dilma Rousseff, os empréstimos bancários para agricultores familiares serão feitos sem avalista e sem burocracia. Para o custeio agrícola e pecuário, por exemplo, o produtor pode contratar empréstimo de até R$ 12 mil, com juro de 1% ao ano e prazo de dez anos para pagar. Caso o pagamento seja feito em dia, o produtor pagará apenas 60% do valor e terá a dívida quitada.
Para os médios produtores, o limite de crédito é de R$ 100 mil, com juros de 3,5% ao ano, carência de três anos e oito anos para pagar. Para as empresas, o prazo de carência será de cinco anos.
O Governo também vai ajudar na compra de milho, principal produto da ração animal. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai vender o produto a agricultores familiares, por apenas R$ 18,00 o saco de 60 quilos. O preço normal de um saco de milho no mercado, hoje, oscila entre R$ 35 e R$ 40. Cada agricultor pode comprar até 50 sacos por mês.