Começaram a ser veiculadas na última quinta-feira (11) as inserções do programa partidário do PSB em cadeia nacional de rádio e TV. São cinco filmetes de 30 segundos cada, que irão ao ar dez vezes ao dia durante os horários nobres dos veículos, em 11, 13, 16 e 18 de abril, totalizando os cinco minutos diários determinados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O presidente Nacional do PSB, governador de Pernambuco Eduardo Campos, aparece como âncora nos cinco filmetes, mostrando realizações e experiências bem sucedidas de sua gestão e de outros governadores do partido. A mensagem principal é que é possível fazer mais com o dinheiro público, como comprovam os resultados obtidos pelo PSB, e que o foco precisa estar voltado para fazer o país avançar.
Confira abaixo a íntegra dos textos de cada inserção:
Inserção 1 –
Quem disse que alunos das escolas públicas não podem fazer intercâmbio no exterior? (Programa Ganhe o Mundo Pernambuco seis meses de intercâmbio cultural no exterior) Quem disse que não dá para alfabetizar todas as crianças na idade certa?(alfabetização até os 7 anos no Ceará)
É possível fazer mais.
O PSB está mostrando que dá para usar melhor o dinheiro público. Que é possível fazer mais. Planejando com a participação do povo. Usando modernas ferramentas de gestão. Dando um passo adiante.
Inserção 2 –
Quem disse que a paz não pode vencer a violência e reduzir os índices de criminalidade?
(48% de redução de homicídios em Recife)
Quem disse que a escola pública não pode ser melhor que a particular? (unidades municipais de educação infantil em Belo Horizonte, modelo para o Brasil)
Inserção 3 –
Somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas falta infraestrutura para estocar e transportar a nossa produção. Temos a matriz energética mais limpa do planeta. Mas gastamos R$ 400 milhões por mês para manter termoelétricas poluidoras.
Temos um país que os estimula. Pelas conquistas e vitórias que ajudamos a construir. Mas dentro dele tem um país que nos pede para fazer muito mais.
Inserção 4 –
O Partido Socialista Brasileiro tem o governador mais bem avaliado do Brasil. 93% dos pernambucanos aprovam o seu governo. Porque tem participação popular, planejamento, metas, controle de gestão e, principalmente, resultado.
Isto é Eduardo Campos. Governador de Pernambuco. Isto é PSB.
Inserção 5 –
Quem governa precisa saber decidir, mas não pode ser o dono da verdade.
Como aliado do Governo, temos o dever de propor, participar, apoiar, criticar, até, quando necessário. Mas sempre com um objetivo: o de fazer o país avançar.
A hora é de resgatar a confiança na nossa economia, de ter foco no consumo, mas principalmente na produção. A hora é de fazer o Brasil crescer e ganhar 2013.
Programa Partidário PSB
Em entrevista coletiva, o primeiro secretário Nacional do PSB, Carlos Siqueira, explicou que a decisão de utilizar apenas um líder – no caso o presidente Eduardo Campos – em todas as inserções não é nova no partido, já tendo sido adotada nas eleições de 2010, quando o âncora escolhido para as inserções foi o à época pré-candidato do PSB à Presidência da República, Ciro Gomes. “Foi uma opção nossa destacar Eduardo em função do momento de crescimento que vive o partido. Além do mais, nas últimas eleições nós regionalizamos o programa partidário no rádio e TV para dar espaço a governadores e prefeitos, portanto, essa inversão de agora é natural”, detalhou.
Embora deixando claro que não há ainda no PSB uma decisão sobre a candidatura de Eduardo Campos à Presidência em 2014 – e que isso só será definido a partir de um Congresso convocado especificamente para isso -, o primeiro Secretário Nacional admitiu que há um sentimento crescente no partido favorável a essa candidatura própria, defendida inclusive por ele, Siqueira. “Somos aliados do PT desde 1989, mas não podemos alienar o futuro do PSB que, como todo partido político, tem como objetivo maior chegar ao poder”, ponderou. “Vimos nos preparando há anos para as grandes disputas eleitorais, crescemos como nunca antes junto à população nas últimas eleições, enfim, é um momento muito favorável para uma candidatura própria do PSB e seria inconcebível não apresentarmos um candidato, seria não compreender o papel do nosso partido na sociedade”.
Carlos Siqueira também foi categórico ao afirmar que uma eventual candidatura de Eduardo Campos em 2104 não vai depender das pesquisas eleitorais. Lembrou, aí, o caso do próprio Eduardo, que em 2006 foi desaconselhado pelo ex-presidente Lula a concorrer com o candidato do PT, Humberto Costa, ao governo de Pernambuco, pois estava em terceiro lugar nas pesquisas, posição em que permaneceu até a semana da eleição. Eduardo não só venceu como foi reeleito em 2010 com 86% dos votos, aponta o socialista.
Diálogos do Desenvolvimento – Além das inserções em cadeia nacional de rádio e TV, o PSB também já começou a preparar seus membros e militantes com um amplo ciclo de debates promovido pela Fundação João Mangabeira. São as oficinas Diálogos do Desenvolvimento Brasileiro, que iniciaram no último sábado (06) na PUC do Rio de Janeiro e só se encerram no final do ano. Ao todo, serão 10 oficinas por todo o país, explica Carlos Siqueira, cada uma sobre um tema que o partido considera “gargalo” para o desenvolvimento de um projeto de desenvolvimento nacional. O objetivo é identificar, nesse quadro, as linhas de atuação e propostas que reforcem as perspectivas programáticas do PSB, de forma que o partido se qualifique ainda mais para o debate desses temas com a sociedade.
Todas as oficinas terão a presença do presidente Nacional da sigla, Eduardo Campos, que no sábado abriu e encerrou a oficina sobre “As políticas sociais e a superação da pobreza”, no Rio. O tema da próxima oficina, adianta Siqueira, será “O novo Federalismo brasileiro”, debate que Eduardo Campos lançou já no dia seguinte ao resultado das Eleições 2012, no final de outubro. “O PSB está levantando o necessário questionamento: ‘E agora?’, que acomete todos os prefeitos eleitos ao chegarem nos cargos e encontrar situações tão adversas que prejudicam a gestão do município”, justifica o secretário Nacional do partido.
“Na nossa avaliação, não vivemos, a rigor, numa Federação no Brasil, mas num país em que governadores e prefeitos se transformaram em implementadores da União”, critica o socialista. Para ele, é uma falácia e uma injustiça a divisão de verbas proporcionada pela Federação atual. “Esse dinheiro não é do Governo Federal, nem dos estados e nem dos municípios – são recursos públicos e que precisam retornar à população em forma de investimentos”, defende.
No final do ano, após a última das dez oficinas, anuncia Carlos Siqueira, o PSB vai publicar o resultado de todo o conjunto de ideias debatidas e diálogos realizados com especialistas. “Será mais um instrumento para a divulgação do que defendemos. O PSB tem o seu programa próprio, que tem diferenças com os dos outros partidos, e quer mostrar a que veio, avançar no seu projeto nacional e, sim, submetê-lo à população brasileira”, ressalta ele, que avalia como muito interessante e positiva uma eleição com mais de um partido de esquerda na disputa.