A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) está otimista com a participação da sociedade organizada na formulação e proposição de comportamentos e políticas para o desenvolvimento sustentável, temas discutidos na Rio+20. “A participação da sociedade civil, tanto nos eventos oficiais quanto nos chamados eventos paralelos, resulta numa massa crítica muito forte que, com certeza, promove mudanças pontuais e locais que influenciam no conjunto da organização social e nas mudanças políticas para uma sociedade menos desigual, mais justa e que faça uso das riquezas naturais de forma consciente.”
Janete faz questão de destacar que as diretrizes da Rio92, somadas às experiências suas e do senador João Capiberibe no Chile, Canadá, Moçambique – durante o exílio forçado pela ditadura militar – Pernambuco e Acre, foram fundamentais para formatar o Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), vanguarda como política de governo naquele estado, entre 1995 e 2002.
“O mundo procura uma experiência parecida com a que tivemos no Amapá durante oito anos. Claro que é preciso respeitar as peculiaridades de cada local ou região, as diferenças ambientais e culturais, por exemplo, mas o Amapá é a prova de que é possível ter desenvolvimento com sustentabilidade, incluindo todos os segmentos sociais, reduzindo a desigualdade e preservando o meio ambiente. Aqueles foram os anos que o Amapá teve os melhores indicadores de desenvolvimento humano. Esse desempenho está sendo retomado desde o ano passado e ganha mais importância com a Rio+20”, enfatiza.
Além do Riocentro, onde ocorre a alta cúpula da Rio+20, a deputada Janete esteve na Cúpula Mundial de Legisladores e na Cúpula dos Povos – onde encontrou-se com lideranças indígenas e representantes do povo africano saharaui, que busca o fim da opressão e o reconhecimento como Estado independente – e frequentou a Arena Socioambiental. No stand da organização ambiental Green Peace, a socialista reafirmou seu compromisso com o desmatamento zero.