De autoria do deputado José Stédile (PSB-RS), o Projeto de Lei 5307/13 obriga que 5% das verbas de patrocínio destinadas por empresas de direito público federal a clubes de futebol profissional sejam investidas no futebol feminino.
Assim, seria garantida à modalidade uma cota do investimento que as estatais, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios e outros, costumam aplicar no futebol masculino.
Os recursos deverão ser repassados às federações estaduais de futebol para organizarem atividades como competições e fomentar as entidades que mantém equipes formadas por mulheres.
Na avaliação de José Stédile, que coordena a Frente Parlamentar em Defesa do Futebol Feminino na Câmara dos Deputados, os investimentos ajudarão a promover campeonatos femininos nacional, estaduais e regionais e a reduzir o amadorismo e as dificuldades financeiras da modalidade.
“Poucas pessoas sabem que o futebol feminino é o segundo esporte nacional com maior número de atletas no Brasil. Só que praticamente não recebe recursos e apoio do governo federal”, critica o deputado.
O objetivo da Frente Parlamentar em Defesa do Futebol Feminino é garantir investimento, estrutura profissional e competições tecnicamente fortes que evitem a saída das atletas brasileiras rumo a clubes do exterior.
“Essas meninas que disputaram as Olimpíadas são heroínas da nação: por meio do esforço pessoal, construíram uma grande equipe, mas ainda muito insuficiente por falta de investimentos. Está na hora de as grandes empresas estatais reconhecerem o futebol feminino. Hoje, as atletas que se destacam vão jogar bola no exterior”, disse Stédile.
O projeto já foi aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados e ainda vai passar pela análise das comissões do Esporte; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Com informações da Agência Câmara