O Governo anunciou nesta terça-feira (03) o segundo pacote de medidas do Plano Brasil Maior, em respostas aos efeitos da crise econômica mundial na indústria brasileira. Entre as medidas, a desoneração da folha de pagamento de 15 setores. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento será substituída por novas alíquotas de 1% e 2% sobre o faturamento.
Os setores beneficiados são: têxtil, confecções, calçados e couro, móveis, plástico, material elétrico, autopeças, ônibus, naval, aéreo, de bens de capital, mecânica, hotelaria e, tecnologia de informação e comunicação, equipamentos para call center e design house (responsáveis pela fabricação de microchips).
Desses, confecções, couro e calçados e a área da tecnologia de informação e comunicação já eram beneficiados pelo Brasil Maior e tiveram as alíquotas novamente reduzidas.
A líder do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara, deputada federal Sandra Rosado, elogiou as medidas. A parlamentar acredita que os incentivos terão impacto direto na economia com a geração de novos empregos. “É preciso focar a atenção naqueles que sentem imediatamente os efeitos da crise, que são os trabalhadores brasileiros. Se a indústria para de produzir, ela demite, e isso é tudo que devemos evitar”, defendeu.
A líder socialista também afirmou que está otimista em relação ao crescimento da economia em 2012, ante ao crescimento de 2,7% registrado pelo País no ano passado. “Temos um mercado interno dinâmico, não dependemos tanto de outros países para crescer. Com este pacote de estímulos, acredito que o Brasil vai recuperar rapidamente o PIB”.
No lançamento do Plano, a presidenta Dilma Rousseff reforçou que as ações de seu governo protegerão os trabalhadores. “A melhor saída para a crise não está na velha receita da recessão e da precarização do trabalho. Essa tem sido para nós a fórmula do fracasso”, disse.