A definição de um modelo de desenvolvimento para o entorno de Brasília e que combata também as desigualdades que marcam o Centro-Oeste, potencializando os atributos da região, são os pontos norteadores da discussão do programa de governo em gestação pela aliança do PSB com a Rede Sustentabilidade, apoiada também pelo PPS, PPL, PRP e PHS.
Reunidos no Centro de Convenções de Goiânia, dirigentes, militantes e simpatizantes dessas forças políticas debateram o cenário dos Estados da região e sugeriram medidas para construir um novo ciclo de crescimento. “O Centro-Oeste expressa os enormes desafios que temos à frente”, afirmou o senador Rodrigo Rollemberg, pré-candidato do PSB ao governo do Distrito Federal. Para ele, DF e Goiás devem unir esforços para combater problemas que afetam os dois Estados conjuntamente. “Nós precisamos transformar o Centro-Oeste na vanguarda do desenvolvimento brasileiro e eu vejo no Eduardo os mesmos valores que pautaram Juscelino Kubitschek. Ele é o Juscelino do século vinte e um”. Na mesma linha, o pré-candidato ao governo de Goiás, Vanderlan Cardoso (PSB), disse que para superar os graves e históricos problemas da região metropolitana do Distrito Federal é necessário uma ação conjunta dos governos Federal, de Goiás e do DF. "No Centro-Oeste e, principalmente, aqui em Goiás nós temos dois governos: o da propaganda artificial e o da dura realidade. Os goianos estão cansados de belos discursos e imagens. Está na hora de Goiás ser liderado pelo exemplo", afirmou Vanderlan.
Porta-voz da Rede em Goiás e candidato da aliança ao Senado, o procurador Aguimar Jesuíno defendeu a criação de novos mecanismos de fomento, voltados ao desenvolvimento regional, na sua valiação uma política abandonada pelos últimos governos. “Temos demandas enormes de logística, nossas estradas estão deterioradas, não existem ferrovias nem hidrovias. É preciso integrar os modais de transporte para garantir o escoamento da produção com competitividade”, cobrou. Ele lembrou aos candidatos a importância do etanol para a região e pediu que a aliança assuma como bandeira a implantação da tarifa zero no transporte público para segmentos da sociedade menos protegidos como estudantes, beneficiários dos programas sociais do governo e trabalhadores desempregados.
Dirigentes dos demais partidos da aliança convergiram na percepção de que é preciso preparar medidas que resgatem o desenvolvimento do país e que tenham impacto positivo também sobre a região. Para eles, nada disso será possível sem alternância de poder. “Nós vivemos o momento em que a mãe do PAC promove a desaceleração do país. Nos últimos quatro anos, entramos em um estado de marasmo”, avaliou Nilson Araújo, do PPL. “O PRP tem como lema a palavra felicidade e nós acreditanos que Eduardo e Marina serão capazes de fazer os brasileiros mais felizes”, avisou Jocelino Braga, presidente estadual do PRP em Goiás. “O Brasil vive o final de um ciclo, marcado por irritação e violência. O Brasil descuidou da agenda do desenvolvimento”, afirmou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. “Agora, há que encerrar esse ciclo e abrir um novo momento para o Brasil”.
O evento, realizado em Goiânia, foi o último da série de seminários realizados em todas as regiões do país. Encontro promovido e organizado pela Fundação João Mangabeira (FJM).