Milhares de pessoas saíram às ruas neste domingo (16) para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. As manifestações ocorreram desde o início da manhã no Distrito Federal e em 24 estados da federação.
Os atos foram organizados principalmente pelos movimentos Brasil Livre, Vem Pra Rua e Endireita Brasil, que previam mobilização em cerca de 260 cidades, incluindo Brasília, capitais e cidades-polo.
A maior mobilização ocorreu na Avenida Paulista, no centro de São Paulo. A estimativa de participantes, no entanto, não foi divulgada pela Polícia Militar até o início da noite. Na capital federal, segundo dados da PM, cerca de 25 mil pessoas estiveram na Esplanada dos Ministérios. Conforme os organizadores, foram 55 mil participantes.
Em todo o país, os participantes expressaram indignação com os escândalos de corrupção na Petrobras e em outros órgãos e empresas públicas investigadas na Operação Lava-Jato, pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). Muitos pedindo o impeachment da presidente, reclamaram da piora da economia do país, com o aumento do desemprego e da inflação.
Na opinião do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, as manifestações populares são legítimas e refletem o profundo descontentamento dos brasileiros com os rumos do governo, com a corrupção. “Há um conjunto de crises que, por incompetência e irresponsabilidade, o país está vivendo”, analisa.
Segundo o socialista, a atual situação é consequência de equívocos cometidos na economia e da baixa vocação da presidente para o diálogo em seu primeiro mandato, e sobre os quais o PSB advertiu, sem ser ouvido. “Esses atos públicos são mais um recado contundente da sociedade da rejeição ao rumo de seu governo”, avalia.
Na comparação com os protestos de março e abril, as manifestações deste domingo se espalharam por um maior número de cidades, numa tendência de interiorização do movimento.
Assessoria de Comunicação/PSB