Área provisória do aterro da capital tem capacidade só até fim do ano.
Estado e prefeitura avaliam criação de novo modelo em até 60 dias.
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB/MT) anunciou nesta quinta (24) que em até 60 dias a Prefeitura, junto com os demais três municípios da zona metropolitana e o governo do Estado, deve elaborar uma medida definitiva para o antigo problema de destinação de resíduos sólidos na capital, cujo aterro sanitário já exauriu sua capacidade. O compromisso foi firmado após reunião de Mendes com o secretário estadual de Meio Ambiente, José Lacerda, e o Ministério Público Estadual (MPE).
Há anos o município de Cuiabá tem destinado seu lixo para áreas (células) abertas em regime emergencial na região do aterro sanitário. De acordo com Mendes, há mais de quatro anos a unidade funciona sem licenciamento ambiental por não mais se adequar nas devidas exigências técnicas. “Temos um aterro com prazo de validade vencida desde 2008. De lá para cá, vários puxadinhos e soluções paliativas foram adotadas. Nós estamos neste momento com um problema sério no aterro: construímos uma célula provisória que vai até o final do ano e, nesse período, nós temos a responsabilidade de prover e encontrar uma solução definitiva para o problema de Cuiabá e da região metropolitana”, asseverou Mendes.
Dada a inviabilidade de armazenar mais resíduos sólidos para o atual aterro, o município deve abrir uma nova área para receber esse material, mas o modelo de destinação do lixo ainda será discutido por uma equipe técnica. Estuda-se, por exemplo, a implantação de sistemas de reciclagem e geração de energia a partir dos resíduos, mas nada ainda está definido.
“Nós iremos discutir novas tecnologias, novas soluções para este velho problema, e elas serão discutidas dentro de aproximadamente 60 dias, quando definiremos o que iremos fazer e, a partir daí, implementaremos as ações legais para sua implantação”, explicou o prefeito, lembrando, contudo, que o problema só deverá ser de fato solucionado num prazo de dois anos.
Zona metropolitana – Desde que o aterro começou a dar sinais de não mais atender à demanda urbana local, três outras áreas já foram cotadas junto à Sema para destinar o lixo. Uma delas acabou sendo descartada devido à proximidade com o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. As outras duas, por sua vez, até tiveram seus estudos de viabilidade realizados, mas eles perderam a validade e têm de ser refeitos.
O prefeito informou ainda que terá reuniões com os gestores dos demais municípios do Vale do Rio Cuiabá (Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento e Santo Antônio do Leverger) para que o novo modelo de destinação dos resíduos sólidos seja formatado de forma a atender toda a região metropolitana. Esta é, inclusive, uma exigência do MPE.
Já segundo o titular da Sema, José Lacerda, a demanda por um novo modelo é urgente não somente por conta dos graves prejuízos sociais ligados à falta de destinação do lixo, mas como mais uma forma de preparar Cuiabá para receber a Copa de 2014.