O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) representou o país nesta terça-feira (27) em uma sabatina ao Facebook no Reino Unido sobre desinformação e notícias falsas.
Molon fez parte de um comitê global de parlamentares, a convite do Comitê de Assuntos Digitais, Cultura, Mídia e Esportes (DCMS) do governo britânico.
Durante o encontro, Molon questionou Richard Allan, vice-presidente de soluções políticas da rede social em Londres, sobre o papel do Whatsapp no processo eleitoral e a política de autenticidade do Facebook.
O deputado citou o caso das eleições presidenciais no Brasil em que 68 páginas e 43 contas pró-Bolsonaro foram excluídas do Facebook por usarem múltiplos endereços falsos com os mesmos nomes para administrar os grupos.
Molon questionou o porquê de as contas terem sido removidas faltando apenas seis dias para a votação nas urnas e as razões para a empresa não ter levado o caso ao Judiciário brasileiro.
Em resposta ao deputado federal, Allan disse que existe dificuldade para distinguir mensagens enviadas em massa e a organização política legítima quando redes utilizam perfis que não são falsos. “Há muita atividade na zona cinzenta, onde o problema não é óbvio”, disse. Allan, porém, não respondeu sobre a disseminação de conteúdo falso.
Segundo o executivo, entre 3% e 4% das contas na rede social são falsas. Allan negou ser vantajoso comercialmente manter essas contas na rede social.
Participaram do encontro parlamentares de nove países: Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Irlanda, Letônia, Singapura e Reino Unido.
Com informações do Estadão