O Diretório Estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Bahia vem manifestar seu pesar pela morte do Bispo Emérito de Juazeiro, Dom José Rodrigues de Souza, neste domingo (09).
Ao longo de seus cerca de 30 anos de Diocese de Juazeiro, Dom José Rodrigues escreveu uma história de verdadeira fraternidade com o povo sertanejo.
O PSB-Bahia se solidariza neste momento à Diocese de Juazeiro e a todos os amigos e familiares de Dom José Rodrigues.
Senadora Lídice da Mata
Presidente do PSB-Bahia
Dom José Rodrigues
Dom José nasceu no Estado do Rio de Janeiro, em 1926. Foi professor de português no Seminário de Aparecida (SP), e entre 1966 e 1968 fez o Curso de Especialização em Catequese e Pastoral em Bruxelas. Voltando ao Brasil, trabalhou nas Missões em São Paulo, Minas, Paraná e Amazonas.
Em 1970 foi eleito Superior Provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás e Distrito Federal.
Em 1975 foi ordenado Bispo e nomeado para a Diocese de Juazeiro.
Na ocasião, a construção da Hidroelétrica de Sobradinho tinha desalojado 72.000 pessoas. Dom José entrou logo na luta em defesa dessas pessoas. Foi a primeira das muitas lutas pelos direitos dos pobres do sertão na qual ele se envolveu, enfrentando inclusive a ferocidade da ditadura militar.
Sua capacidade de luta, seu sentimento de solidariedade com o povo excluído e sua intransigência na defesa dos direitos humanos, fez que ele fosse frequentemente acusado (pelos mais favorecidos, é claro,) de ter uma atuação mais política que religiosa.
Desde que chegou a Juazeiro promoveu nove Pastorais Sociais (da Terra, da Criança, da Juventude do Meio Popular, da Mulher Marginalizada, da Saúde, dos Pescadores, Carcerária); criou o Setor Diocesano da Comunicação Audiovisual, com uma Biblioteca com 45.000 volumes, equipamentos de produção de rádio e televisão, jornalismo impresso, uma locadora com 2.000 títulos de vídeos para escolas e professores além de 3 programas de rádio semanais. Foi o criador do projeto Cisternas Caseiras (para armazenar água de chuva).
Dom José já prestou depoimento em numerosas CPIs, como aquela – sobre a grilagem na Bahia em 1977; na Comissão da Bacia do São Francisco em 1978, quando falou nos problemas causados pela construção da Barragem de Sobradinho – e na do Terror em 1981 entre outras. (Informações do Grupo Tortura Nunca Mais – RJ)