Representantes de todos os seis movimentos sociais do PSB – Sindical, Juventude, Negritude e Mulheres Socialistas, Movimento Popular e LGBT – já estão concentrados em Brasília para a Marcha das Centrais, que será realizada nesta quarta-feira (06) na Esplanada dos Ministérios.
Organizada também por seis centrais sindicais – CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT -, essa será a 7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos Sociais a Brasília e deve reunir cerca de 40 mil manifestantes na capital federal, para cobrar do governo avanços na pauta da classe trabalhadora, inclusive a queda do Fator Previdenciário, que corrige as aposentadorias atualmente.
De acordo com o Secretário Nacional Sindical do PSB, Joílson Cardoso, a corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB) estará na linha de frente da Marcha, em defesa da cidadania, do desenvolvimento e da valorização do trabalho. “Junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que reúne os socialistas e comunistas, iremos reapresentar à Presidenta Dilma as plataformas de luta consolidadas em junho de 2010, no documento construído durante o encontro histórico das centrais no estádio Pacaembu, em São Paulo”, confirmou.
As Centrais decidiram somar forças para mobilizar essas dezenas de milhares de trabalhadores em Brasília também com o objetivo de reiterar a importância de o sindicalismo brasileiro estar unificado neste momento. O qual, anunciam, é de retomada do seu protagonismo e do exercício de pressão sobre o Governo e o Congresso. “Especialmente pela retomada do investimento público e em defesa da indústria nacional, fortalecendo o mercado interno e garantindo contrapartidas sociais”, explicou Joílson Cardoso.
Dentre as principais bandeiras de luta que as centrais trazem a Brasília nessa marcha estão o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Saúde e 10% para a Educação, o destravamento do processo de Reforma Agrária e a implantação de uma política de valorização dos salários dos aposentados. “Também seguiremos defendendo nossas bandeiras para a macroeconomia, como a redução dos juros e o compromisso com um impacto social positivo desse conjunto de medidas”, disse o secretário Nacional da SSB.
Ele reforça a avaliação do presidente da CTB, Wagner Gomes, de que é necessário exigir que o governo apresse o passo na luta contra a crise, para o que são necessárias mudanças na política macroeconômica atual. “Ela tem se revelado um grave obstáculo à valorização do trabalho”, avaliou. “É hora do país iniciar um novo rumo, em direção a um projeto de desenvolvimento duradouro, que privilegie a produção e a geração de empregos, e não a especulação”.
Juventude – O Secretário Nacional da Juventude Socialista Brasileira (JSB), Bruno da Mata, também reitera a participação do segmento na Marcha. "Sempre estivemos ao lado da CTB em suas manifestações. É nossa tarefa fortalecer as bandeiras de luta dos trabalhadores, reforçando as pautas da juventude – como os 10% do PIB para a educação", afirmou o dirigente do movimento da juventude do PSB.
O projeto é defendido há anos por todo o movimento estudantil. Por isso, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União da Juventude Socialista (UJS), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) também confirmaram à CTB a participação na Marcha.
Bruno da Mata destacou a importância da união entre o movimento sindical e os demais movimentos sociais, como o estudantil, no sentido de levar à Presidenta Dilma Rousseff uma pauta de reivindicações que estimule o desenvolvimento do país e a valorização do trabalho. “O objetivo é unir os estudantes, a classe trabalhadora e também a população em torno de um novo impulso, por conquistas em temas fundamentais ao momento atual de desenvolvimento do país”, resume o Secretário nacional de Juventude do PSB.