A candidata à Presidência pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, concedeu entrevista aos jornalistas Celso Freitas e Adriana Araújo, âncoras do Jornal da Record, principal telejornal da emissora paulista, onde reiterou a expectativa por uma investigação isenta e que esclareça as denúncias da prática de irregularidades na Petrobras. “Esperamos que a Polícia Federal faça seu trabalho com total autonomia. Nós queremos a verdade, doa a quem doer”, enfatizou, rejeitando ilações envolvendo o nome de Eduardo Campos e alertando para os problemas da estatal. “Não podemos aceitar o que vem acontecendo com a Petrobras, uma empresa que perdeu metade de seu valor e tenha um endividamento quatro meses maior que o seu patrimônio”. Marina lamentou que ainda existam os que “torçam pelo quanto pior melhor”, e frisou que, assim como o povo brasileiro, tem a opinião de que a verdade deve prevalecer e vir à tona.
Durante a entrevista, a candidata foi questionada sobre a possibilidade de reajuste dos preços da gasolina e da luz. Mais uma vez, lembrou que sua gestão será transparente e, portanto, não irá controlar preços artificialmente, a exemplo do que vem fazendo o atual governo e arrematou: “A sociedade vai tirar a Dilma porque ela não cumpriu com suas promessas, como a de controlar a inflação”, informou.
A possível falta de apoio do Congresso foi uma dúvida levantada por um dos jornalistas da emissora. Heródoto Barbeiro quis saber como Marina governará e ela respondeu que, na prática, vai governar com o apoio dos melhores quadros de todos os partidos. “Infelizmente, na cultura política da maioria das pessoas quando se diz que se quer uma gestão eficiente, gestão que não seja baseada na distribuição de pedaços do Estado para que cada partido possa chamar de seu, as pessoa duvidam que isso possa funcionar”.
Sobre as falhas de revisão no seu programa de governo que teve de ser ajustado, Marina foi questionada se isso de certa forma abalaria a confiança do eleitor em sua capacidade de gerir o País. Marina revidou mencionando que tem credibilidade quem apresenta um plano de governo para o escrutínio público. Estranho mesmo é quem não o faz. “A correção é natural”, disse ela” “O pior é não reconhecer os erros”.